sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O abraço de Amma: Mata Amritanandamayi


Existem experiências em nossas vidas, que nos ensinam, em apenas um instante, o que levaríamos muito tempo para entender em teoria; talvez até nem possamos entender fora da experiência. Esse aprendizado nunca é esquecido.
Certo dia eu fui a um hotel em São Conrado para abraçar Amma. Tinha visto uma entrevista com a atriz Patrícia Travassos sobre esse abraço. Cheguei ao evento cheia de expectativa. Esperei numa fila enorme em que fomos divididos em fileiras e a cada momento entrava uma delas. Esperamos, muito tempo eu e meu marido, até que chegou o momento do abraço. Fomos abraçados juntos e ela falou muitas coisas que eu não entendi.
Chegou e foi tão rápido que não deu nem o gostinho.
Que decepção!
Tanto tempo esperando e...na verdade eu não senti nada...
Fomos para casa apenas com o sentimento medíocre de que pelo menos tínhamos ido ver a tão famosa Amma. Pelo menos já sabíamos que não valia a pena encarar tão grande fila para abraçá-la. Era tudo lenda de devotos.
Dia seguinte: Acordei e na hora do café da manhã, estava eu lá com meu marido. Foi aí que percebi que algo havia acontecido: nós não estávamos discutindo e estávamos conseguindo conversar, coisa que estava sendo difícil há alguns dias. Algo havia de diferente no meu modo de me expressar. Não sentia impaciência na minha fala. Surgiu um sentimento bom  de estranheza e desconhecimento de mim.
A explicação para tudo que aconteceu é bastante simples e ao mesmo tempo é uma chave para que possamos processar mudanças importantes em nossas vidas.
No instante do abraço eu tinha uma expectativa tão grande de que eu sentiria algo tão marcante, que não percebi a mudança. Perdi meu tempo a falar sobre a decepção do encontro ao invés de silenciar para que a energia que havia recebido pudesse atuar em mim. Como uma boa ocidental deixei minha mente analisar criticamente toda aquela experiência. Independentemente da minha postura, que deve ter atrapalhado muito o processo, a energia foi tão intensa que conseguiu romper a barreira imposta por mim mesma. Imagina se eu tivesse ajudado a espiritualidade, o que não poderia ter sido mobilizado de amor dentro de mim? Se soubéssemos o quanto impedimos que a espiritualidade nos auxilie! Ficaríamos chocados ao descobrir que poderíamos ter recebido tanto e teríamos sido mais felizes, mais plenos, e que poderíamos ter aberto os canais para receber tudo que mais desejamos em nossas vidas.

Agradeço seu carinho
Nice de Toledo Gomes


http://www.ammabrasil.org/

Mauro Kwitko: A bebida alcoólica – quem nos viciou e vicia os nossos filhos?

Em 19 de agosto de 2011 08:10, mauro kwitko <maurokwitko@yahoo.com.br> escreveu:

 
A bebida alcoólica – quem nos viciou e vicia os nossos filhos?

O consumo de álcool é um hábito antigo que, um dia, vai desaparecer da face da Terra. E aí a bebida alcoólica receberá o mesmo status das drogas hoje consideradas ilícitas, será ilegal. Todas as bebidas alcoólicas, o vinho, a cerveja, o whisky, a vodka, a cachaça, e todas as outras bebidas alcoólicas só tem um objetivo: embebedar as pessoas. O álcool é a porta inicial para o uso das drogas chamadas ilícitas, junto com o cigarro. Depois dela e do cigarro, geralmente vem a maconha, depois a cocaína, e por aí vai. Todos nós fomos e somos criados em uma sociedade em que o seu uso é além de permitido, incentivado e estimulado. Alguém recorda alguma festa em sua casa, desde que era criança, em que não havia bebida alcoólica? E hoje em dia, isso não continua? Nós fomos habituados a acreditar que o uso da bebida alcoólica é algo normal e fazemos o mesmo com nossos filhos e netos, ou seja, nos venderam essa idéia e nós continuamos vendendo-a. Agregando isso ao incentivo maciço da mídia para o uso de bebida, nós crescemos sendo viciados e vamos viciando as novas gerações.
As manobras de divulgação e venda utilizadas pelo marketing, cuidadosamente planejadas, são baseadas no conhecimento de que quanto mais precoce é o consumo entre os jovens, maior é a possibilidade de cativá-los, por isso a publicidade é feita prioritariamente sobre os pré-adolescentes, os adolescentes e os adultos jovens, associando o ato de beber ao sucesso nos esportes, nas conquistas afetivas e no progresso financeiro, quando o que ocorre é o oposto, ou seja, quem bebe vai mal nos esportes, mal na vida afetiva, mal nos estudos e mal na vida profissional. Como os fabricantes de bebida alcoólica e as agências de publicidade conseguem convencer uma grande parcela de jovens e adultos de que beber faz bem e traz sucesso, é algo difícil de entender.
Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool é uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter um grande potencial para desenvolver dependência. O álcool é a única droga psicotrópica que tem seu consumo admitido e incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelo qual ele é encarado de forma diferenciada quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, que considera “beber moderadamente” como algo normal, o consumo freqüente de bebidas alcoólicas é um grave problema. Alcoolismo não é apenas viver bêbado, é beber todos os dias, mesmo que seja apenas uma cervejinha, uma taça de vinho, uma dose de whisky, uma caipirinha, etc. O ato de beber todos os dias caracteriza o vicio no álcool.

No Brasil, o consumo regular de bebida alcoólica inicia comumente a partir dos 14 anos de idade, causado pelo exemplo dos próprios pais e familiares, bebedores diários ou freqüentes em casa e em todas as festas. As nossas crianças são expostas desde a mais tenra idade a esse exemplo, e além disso, sendo estimuladas ao consumo através das rádios e das televisões. A propaganda da cerveja no Brasil é extremamente agressiva, endereçada prioritariamente às crianças e aos adolescentes, visando viciá-las o mais cedo possível. Se com isso forem mal no colégio, se ficarem doentes, se sofrerem acidentes, se destruírem suas famílias, isso não importa, o que importa é ganhar dinheiro, festejar o aumento do consumo, abrir novas fábricas sempre com a presença da imprensa comemorando aquele evento e de muitos políticos discursando e aparecendo nos jornais e nas televisões sorridentes por esse grande avanço do “progresso social”. Afinal, são mais empregos, mais impostos, mas a que custo? Doença, acidentes, mortes. Mas isso não importa, o que importa é ganhar dinheiro.
 Os adolescentes que bebem com alguma freqüência, geralmente têm pai, mãe e familiares que também ingerem álcool com alguma ou bastante freqüência. O consumo inicia vendo-os bebendo nas festas, porque fomos criados em uma sociedade que não consegue imaginar uma festa sem bebida, em casa à noite “para agüentar o tranco”, nos finais de semana “para relaxar”, para “comemorar” uma conquista profissional ou financeira, para “festejar a vitória do seu time” ou para “esquecer a derrota”, para “brindar” nos aniversários, no Natal, no Ano Novo, enfim, qualquer festa ou acontecimento é sempre associado ao ato de beber.
E quando um jovem torna-se viciado em bebida alcoólica, pelo mau exemplo dos adultos e por ação da propaganda nas rádios, nas televisões, nos jornais, simplesmente está reproduzindo com a veemência dessa faixa etária, o mesmo comportamento de sua família e de quase todas as famílias, o que aprendeu desde criança vendo em sua casa e nas festas, o que lhe ensinaram e continuam lhe ensinando, o que lhe dizem seus ídolos do esporte, sempre sorrindo, sempre vencedores, com um copo ou uma latinha na mão, o que enxerga nos outdoors nos campos de futebol, nos carros de corrida. Enfim, nós viciamos os nossos filhos ou permitimos que os fabricantes de bebida alcoólica e algumas agências de publicidade o façam, com o beneplácito dos nossos governos, e depois os levamos aos psicoterapeutas para curar seu vício, criado, incentivado e permitido por nós mesmos, pela nossa irresponsabilidade e omissão.
A mensagem que incutimos neles, desde crianças, e que alguns meios de comunicação se encarregam com extrema competência de confirmar, baseado no interesse de vender e ganhar dinheiro, é de que temos de relaxar com algo, temos de nos ativar com algo, temos de comemorar as vitórias com algo e esquecer com algo as derrotas, preparando o campo propício para, simplesmente, o jovem, curioso, um dia mudar o objeto do consumo e passar, então, para as chamadas drogas: a cannabis, a cocaína, o crack e outras coisas. Mas quem viciou ou permitiu que viciassem os nossos jovens? Nós viciamos os nossos filhos nas drogas lícitas e depois infernizamos a nossa vida e muitas vezes acabamos com a vida deles, quando, simplesmente, agregam um “i” e passam a consumir as drogas ilícitas. A única diferença é um “i”.
Uma criança que cresce vendo seus pais e familiares bebendo, comemorando vitórias, derrotas, aniversários e festas em geral, começa a apreender como é essa vida de adulto, o que os adultos fazem, como eles fazem, e acreditam, então, que isso é o certo. E aliado a esse exemplo que damos a eles, as estratégias de vendas da indústria de bebida, principalmente da cerveja, estimula o consumo precoce dela entre crianças e adolescentes para viciá-los. Seguindo o nosso próprio exemplo, a publicidade passa uma imagem de festa, e alegria e de diversão associada à cerveja e, esmerando-se ainda mais, atua na área da sexualidade e do sucesso afetivo e profissional. A aparência é de incentivo à cultura, apoio às festas populares, de alegria, mas a finalidade é uma só: embebedar a todos e aumentar o número de usuários da droga. Ou seja, os governos permitem e nós concordamos, e muitas vezes participamos, de uma tática perversa de nos drogar e aos nossos filhos, sob os mais simpáticos e coloridos disfarces.
Os fabricantes de bebida alcoólica, indiferentes ao mal que provocam, sem amor ou consideração pelos jovens, visando apenas o lucro, incentivam eventos em que a promoção da bebida alcoólica é muito forte, e transformam manifestações culturais em estratégia de venda. O importante não é o evento, não é a cultura, o que importante é vender e ganhar muito dinheiro. Se algum jovem saindo dali, embriagado, bater o carro e ficar aleijado ou morrer, isso não importa, o que importa para o fabricante e o pessoal do marketing é quantas caixas venderam, quanto dinheiro ganharam, isso é festejado por eles, em seus escritórios, entre risadas e comemorações, enquanto os jornais, as rádios e as televisões noticiam os acidentes, as mortes, os assassinatos, provocados pelo uso da bebida alcoólica, mas para aliviar a sua consciência, também associam-se às campanhas anti-álcool, numa demonstração de como é possível adorar a dois Senhores.
Nenhuma campanha antidroga funcionará enquanto os pais não pararem de ensinar os seus filhos a beber, parando eles mesmos de usar essa droga, enquanto algumas agências de publicidade, parceiras dos fabricantes das drogas, não pararem de colaborar com a venda delas e os meios de comunicação não se recusarem a veicular anúncios dessas drogas. É uma grande hipocrisia afirmar que a maconha é a porta de entrada para as drogas: é a bebida alcoólica e o cigarro. Elas é que abrem a porta para a maconha, a cocaína e outras. Qualquer pai ou mãe que beba, diariamente ou freqüentemente, qualquer quantidade de bebida alcoólica e fume cigarro, não possui uma autorização interna para condenar seu filho se ele também beber, fumar cigarro ou usar qualquer outra droga.
          Algumas agências de publicidade, buscando anunciantes sem nenhum critério a não ser o de ganhar muito dinheiro, ficarem famosas e disputar o prêmio de Melhor Agência do Ano, divulgam qualquer coisa, ajudam a vender qualquer coisa, cigarro, bebida, produtos supérfluos, “alimentos” artificiais, vale tudo. As propagandas de bebida alcoólica mostram modelos ou cantoras seminuas, ganhando dinheiro e vendendo sua alma, segurando garrafas geladas, com a espuma da cerveja transbordando dos copos e das canecas, numa celebração de festa, sexualidade e alegria. Alguns jogadores de futebol transmitem a mesma mensagem, de que o importante é festa, sexualidade, alegria, e eles são vencedores, ganham salários milionários, qual o jovem que não gostaria de estar em seu lugar, ser famoso, ganhar muito dinheiro, ter todas as mulheres aos seus pés, e eles conseguiram tudo isso porque bebem cerveja, são vencedores porque bebem, estão sempre sorrindo, felizes, realizados!  Vários cantores e cantoras participam desse crime, fazendo propaganda de cerveja, sempre sorrindo, adoecendo e matando os jovens, arrasando as vidas de pais e famílias, em troca de algumas moedas de ouro.
A mensagem que nossos jovens recebem desde criança em casa, nas festas familiares, na televisão que nós permitimos que eles assistam livremente, é de que, onde houver festas e pessoas, é obrigatória a presença das bebidas alcoólicas. É inviável uma festa, uma comemoração, sem álcool. Nós embebedamos nossos filhos com nosso exemplo e conivência e depois choramos quando eles viram bêbados ou drogados.
  
IOs interessados devem enviar e-mail para: maurokwitko@yahoo.com.br
Telefones do consultório - 51.3264.3046 - 9965.8935 

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Brahma, o criador; Vishnu, o preservador; e Shiva, o destruidor

Três aspectos da natureza
 
O culto a Deus em tempos pré-históricos começou pelo medo que o homem tinha diante das forças da natureza. Quando chovia excessivamente, as inundações matavam muita gente. Aterrorizado, o homem passou a acreditar que a chuva, o vento e outras forças naturais fossem deuses.
Mais tarde, os seres humanos perceberam que a natureza opera de três modos: criando, preservando e dissolvendo. A onda que se levanta no oceano exemplifica o estado de criação: pairando por um momemto na crista do mar, acha-se no estado de preservação; e, mergulhando de novo nas águas profundas, passa para o estado de dissolução. 
Assim como Jesus viu a força universal do mal personificada em Satã, também os grandes rishis viram as forças universais de criação, preservação e dissolução personificadas em formas definidas. Os sábios de outrora chamaram-nas de Brahma, o criador; Vishnu, o preservador; e  Shiva, o destruidor.
Esses poderes primevos foram criados como projeções do espírito imanifestado, a fim de dar sequência a Seu infinito drama universal, enquanto Ele, como Deus transcendente à criação, permanece sempre oculto por trás da consciência desses poderes. Em épocas de dissolução cósmica, toda criação e suas vastas forças ativadoras voltam a dissolver-se no Espírito. Ali repousam, até serem reconvocadas pelo Grande  Diretor para reiciarem seus papéis.   
 
Um caso sobre Brahma, Vishnu e Shiva
 
 Na Índia, há um conto popular sobre Brahma,Vishnu e Shiva. Estavam os três jactando-se de seus tremendos poderes. De súbito, um menino apareceu e disse a Brahma: "o que você cria?" "Tudo", respondeu Brahma majestosamente. A criança perguntou aos outros dois deuses qual a função deles. "Nós preservamos e destruimos tudo", eles responderam.
O pequeno segurava na  mão um fiapo de palha, quase do tamanho de um palito de dentes. Colocando-se diante de Brahma, ele perguntou: "Pode criar uma  hastezinha de palha igual a essa?" Após um prodigioso esforço, Brahma descobriu, para sua surpresa, que não podia.  O garoto voltou-se, então,  para Vishnu  e pediu-lhe que preservasse a palha, que lentamente começava a se desfazer sob o olhar fixo do  menino. Os esforços de Vishnu para mantê-la íntegra, foram infrutíferos. Finalmente, o pequeno desconhecido reproduziu o fiapo de palha e pediu a Shiva que o destruisse. Por mais que Shiva tentasse aniquilá-lo, porém, o fragmento de palha permaneceu intacto.
O menino voltou-se de novo  para Brahma: "Você me criou?", perguntou ele. Brahma pensou e pensou; não podia recordar-se de haver criado  aquele menino extraordinário. De repente, o garoto desapareceu. Os três deuses despertaram de sua ilusão e se lembraram de que, por trás do poder deles, havia um poder maior.
 
"A eterna busca do homem: Como perceber Deus na vida diária" Paramahansa Yogananda, pag.3-4
 

O "Difícil" Retorno a Pátria Espiritual

Temos medo de pensar em que momento precisaremos retornar ao mundo fora da matéria. Evitamos conversar sobre isso, pela possibilidade, imaginada é certo, de que com isso chamaremos a atenção da morte. E então ela nos pega a todos de surpresa. Em nosso pensamento mágico, temos a ingênua certeza de que se não falarmos dela, ela não nos encontrará.
É certo que pensamentos e emoções podem fazer com que vivamos mais ou abreviemos a vida, mas o certo é que chegará um momento em que essa forma de vida se encerrará.
É inerente à vida neste planeta que todos tomem emprestado um pouco da matéria da mãe Terra para esculpir seus corpos e que devolvam essa matéria após algum tempo. Nosso espírito animará essa matéria durante um tempo, fará com que ela passe a vibrar uma oitava acima do que vibrava antes do empréstimo e a devolverá. Dessa forma a troca está feita com ganho para os dois parceiros: ganhamos nós pelas experiências vivenciadas e ganha o planeta com essa sutilização da matéria.
Se pensamos assim é lindo! É apenas a devolução do que nos foi emprestado!
Mas porque sofremos tanto? Pela ilusão de ser a própria matéria. Nos identificamos tanto com a matéria que esquecemos o que ela é: pedacinhos do planeta que devem ser restituidos ao seu verdadeiro dono.
Quando a ligação entre o espírito e a matéria se desfaz e nos tornamos impotentes para fazer mover aquela matéria, entramos em desespero. Pois é, no momento em que deixamos o corpo nós tentamos reanimá-lo, nós deitamos em cima dele para ver se encaixamos de novo! Continuamos pensando que somos os corpos físicos que nos serviram! Então quando entendemos que não conseguiremos mais movê-lo, somos tomados pelas lembranças das coisas que deixamos de fazer  E entramos em estados de desespero, depressão, arrependimento e vários outros estados emocionais penosos, dolorosos, porque são acompanhados da certeza da impossibilidade de modificação - lembremos que estamos falando dos momentos próximos ao desencarne.
O que? eu estou dizendo que nós entramos em desespero? Como assim se nós acabamos de morrer? Pois é, nesse momento em que nos vemos fora do corpo,  continuamos sentindo, nos movendo, tentando fazer coisas, mas não damos conta de que continuamos vivos! Pois é...continuamos vivos!
E para que esse sofrimento possa ser minimizado, nós temos que começar a discutir a vida e a morte, não como se fosse um assunto mórbido, mas apenas como um término de um ciclo. Qual a vantagem de   desmorbidificar a morte? O que ganhamos com isso? Possibilidades de uma nova vida e de um desencarne mais tranquilo!
Se encararmos o fenômeno da morte de frente, como algo que pode ocorrer a qualquer momento, tendo a consciência da possibilidade dessa interrupção, poderemos viver a vida de uma forma  tal, que não existirão assuntos pendentes, posto que tudo que era possível ser realizado, assim o foi.

- Procuraremos não deixar uma desavença durar mais tempo do que o necessário: tão logo nos seja possível procuraremos a reconciliação. "Reconcilia-te com teu inimigo enquanto ele caminha a teu lado;"
- Organizaremos nossos documentos de forma a não deixar enlouquecidas as pessoas que ficaram;
- se tivermos a percepção de que os nossos descendentes possam se desentender por conta de bens que ficarão de herança, providenciemos um testamento, baseado na igualdade de direitos e não na predileção por um ou outro descendente;
- Não deixaremos para amanhã o que podemos fazer hoje (mas sem estresse!);
- Digamos eu te amo, eu te admiro, me desculpe; mas acima de tudo deixe sempre com as pessoas a certeza de seu sentimento por elas. Essa providência é necessária porque desavenças acontecem, mas os envolvidos devem saber que o verdadeiro sentimento não é abalado por esses eventos;
-  Perguntaremos sempre ao nosso coração, à nossa alma o que queremos realizar e deixaremos de perguntar ao vizinho, ao filho, ao marido ou à qualquer pessoa querida, o que ela acha ser certo para a nossa vida!
- etc...
Nessa listagem deverão constar todos os assuntos que, em sendo deixados em aberto, sem possibilidade de uma ação nossa posterior, nos causarão remorsos, arrependimentos, dor.
Muito do sofrimento e da dor, que surge após o desencarne, diz respeito ao que achamos que deveríamos ter feito e não fizemos.
É importante, ao longo da vida, procurar respeitar aquilo de que fala o provérbio árabe: saber entregar ao universo o que não podemos modificar.
Outra questão que surge é essa: Porque choramos a perda da matéria, se em espírito temos muito mais liberdade?
Saudades? Porque a saudade deve ser maior do que a felicidade de reencontrar, no mundo astral-espiritual os espíritos que deixamos em outras épocas. Quando saimos da terra deixamos algumas  poucas pessoas das quais sentiremos muitas saudades, isso é certo, mas quantos maridos, esposas, filhos e amigos já tivemos ao longo das nossas encarnações, de quem poderemos ter notícias e até mesmo rever no mundo fora da matéria!
Porque sofremos tanto pelos espíritos que atualmente são nossos maridos, esposas, filhos e amigos?
Quantos entes queridos vamos deixar de ver ao desencarnar e quantos tornaremos a encontrar?
Quando saimos do mundo espiritual, para reencarnarmos, quantos espíritos tivemos de abandonar?


Reconcilia-te com teu inimigo,
enquanto ele compartiha a trilha contigo!
Não deixe assuntos pendentes...fale tudo, resolva tudo
Agradeça, dê esporro, cobre o que é teu de direito
Devolva o que não é teu e sempre agradeça pela vida
A vida é um milagre e ninguém te cobra nada por ela
Somente que se faça o melhor possível, não o perfei
to


Agradeço seu carinho
Nice de Toledo



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Joel Goldsmith: A cura espiritual

"Por motivos vários procura o homem cura espiritual. Muitos a procuram por causa de doenças corporais, outros para solucionar problemas de ordem emocional, moral ou econômica; outros ainda por causa de uma inquietação interna que os atormenta, apesar de todos os sucessos externos que talvez tenham encontrado em sua vida. Cedo ou tarde, descobrirão eles, que nunca deixará de haver inquietação, tristeza e descontentamento enquanto não estabelecerem contato consciente com a Fonte de vida, nem mesmo em plena saúde e prosperidade.
Cura espíritual é muito  mais que uma experiência meramente física ou psíquica; cura real é o descobrimento de uma comunhão interna com algo maior, algo muitíssimo maior do que jamais possa ser encontrado no mundo; é a experiência  do nosso encontro com Deus, de uma paz espíritual, de uma tranquilidade interior, de uma luminosidade de dentro -  e tudo isto vem com a conscientização de Deus, com a consciência da presença e da força de Deus em nós. Quando repousamos nessa maravilhosa paz, o corpo toma as suas funções normais, e essas funções se realizam, daí por diante, por uma força que não parece ser dele. E é então que o nosso corpo revela saúde perfeita e plena, força, juventude e vitalidade - dons de Deus todos eles.
Cura espiritual  é o contato do espírito de Deus com o do homem; a alma, quando tocada pelo espírito divino, desperta para uma nova dimensão da vida, uma dimensão espiritual - e  'onde reine o espírito de Deus, aí há liberdade'. Isto não quer dizer que o espírito de Deus atue como medicina, como uma aplicação elétrica ou como uma operação, mas porque o espírito de Deus eleva o homem a uma nova consciência da vida; a um estado de consciência que o divino Mestre denomina 'o meu reino, que não é deste mundo'. Quando o homem atinge esse estado de consciência vive ele em uma nova dimensão da vida, além do estado tridimensional conhecido  e faz experiências totalmente desconhecidas no plano comum da vida humana. É esta a meta que a humanidade demanda, embora não saiba nitidamente qual seja essa meta e quais os métodos que a ela conduzem.
Jesus revelou-nos um clarão dessa dimensão da vida, quando disse ao paralítico: 'Queres ser curado?...Toma o teu leito e anda!' Com isso deu a entender que Deus não ia curar uma doença física, mas que a doença não possuía, na realidade, nenhuma força nem uma influência restritiva; quer dizer que nada podia impedir o homem, embora sentisse um desconforto corporal. Quando o paralítico reagiu, deu a entender que acabava de entrar em uma nova dimensão da consciência, na qual o seu impedimento corporal deixava de ter poder sobre ele."

Do livro: A Arte de Curar pelo Espírito por Joel S. Goldsmith, coleção a Obra-Prima de Cada Autor

A natureza, o homem-ego intelectual e o homem-Eu racional


Esse é um texto escrito a partir da leitura de "Setas para o Infinito" de Huberto Rohden
A cada dia temos a oportunidade de obter maior quantidade de conhecimento intelectual. Essa efusão de material pode se transformar em  evolução e libertação, ou redundar em um grande desperdício de tempo. Caso o conhecimento intelectual esteja sendo acessorado pela sabedoria de nosso Eu verdadeiro, poderá significar  uma grande mudança na nossa forma de viver, nos transformando em pessoas mais felizes e integradas a esse mundo em que vivemos. Se o nosso acessoramento for feito pelo nosso ego, haverá apenas como resultado o enaltecimento da lógica materialista de viver.
Podemos sempre descobrir novas lógicas de vida, assim como podemos inventá-las. Através da digestão e assimilação de novos elementos, podemos nos transformar e transformar a realidade à nossa volta. Devemos nos ver como andarilhos trilhando uma estrada de luz que, fatalmente, nos levará à perfeição, não importa quanto tempo leve esse caminhar: pode levar uma eternidade ou apenas um fragmento de segundo.
Acessar o Eu superior exige que se cale a mente inquieta, a mente do conhecimento intelectivo. Acessar o Eu superior significa dizer que esse nível de existência, enquanto consciência, poderá assumir o controle e a  coordenação da integração dos materiais obtidos pelos meios da intelectualidade. Não acessar o Eu superior significa que esse material será análisado e integrado apenas ao nível do ego, servindo apenas para as questões da materialidade, ou seja, não serve para acelerar o processo de evolução.
Considero Huberto Rohden alguém com uma grande capacidade de transformar nossas vidas.
Nesses trechos retirados de "Setas para o infinito"  tento trazer luz à questão do Eu superior e do ego.
Por vezes, tomei a liberdade de trocar as citações de ordem, por entender que assim a compreensão se tornaria mais fácil.

 Auto-conhecimento e  Eu Superior  segundo Huberto Rohden no livro "Setas para o Infinito"

"O auto-conhecimento leva o homem necessariamente à auto-realização; cedo ou tarde, fará ele na sua vida prática o que conhece como sendo a verdade.
O auto-conhecimento não é apenas análise intelectual, mas sim uma experiência vital da realidade central do homem, o seu Eu cósmico. O Eu humano é a própria Realidade Cósmica, cujo ponto de contato consciente é apreendido como Eu. Esse Eu central e cósmico do homem aparece, na literatura dos povos, com diversos nomes: alma, o espírito de Deus no homem, a luz do mundo, a consciência, a centelha divina, o Pai; a filosofia oriental lhe chama purusha ou atman; os povos nórdicos o denominam Self ou Selbst. Todos esses nomes designam invariavelmente a mesma realidade central do homem, o seu ponto de contato com o Todo, o Infinito, o Universal, o Absoluto, o Transcendente. O Eu é o próprio Universal apreendido em forma individual. É o transcendente que se tornou consciente no homem em forma imanente."(pag27)
 Natureza, homem-ego, homem-Eu

"A Natureza vive em uma escravidão inconsciente
O homem-ego intelectual vive em uma escravidão consciente
o homem-Eu racional vive em uma liberdade conciente"
A natureza infra-humana encontra-se em estado neutro, subconsciente; nada sabe de queda nem de redenção. Vive em completa escravidão, em um total automatismo mecânico, em um radical alo-determinismo, dominado pela lei férrea da causalidade universal. Mas, como a natureza infra-humana não sabe dessa sua escravidão, não se sente escravizada; o que é inconsciente nos é inexistente.
Com o advento do homem, pela primeira vez, ingressou a natureza na zona do consciente - e com isso o fato objetivo da escravidão passou a ser um problema subjetivo de escravidão - seguido do esforço da libertação.
E é precisamente aqui que principia o problema fundamental da nossa filosofia: o homem intelectualizado conhece o fato objetivo da sua escravidão e anseia subjetivamente por uma libertação. Se essa libertação não fôsse possível, não poderia haver, precisamente na melhor parte da humanidade, esse permanente anseio de libertação. O homem intelectual sabe que é escravo e que pode libertar-se, mas sabe também que não se libertou - e isso constitui toda a tragicidade da sua existência terrestre.
(...) A natureza infra-humana, por ignorar a sua escravidão, não sofre com o automatismo necessitante; pois, o que é inconsciente é inexistente. Onde não há nem a  luz do conhecimento nem a força do poder não há tragicidade, conflito, problemática.
A tragicidade da existência começa com o homem, e a bitola dessa tragicidade existencial é o grau de intelectualidade que o homem possua; saber-se escravo e não poder abolir a escravidão é dolorosamente trágico.
A tragicidade existencial do homem começa com a intelectualidade - e termina com a racionalidade, porque essa acrescenta à luz do conhecer  a força do poder.
(...) de longe em longe aparece sobre a face da Terra alguém que já se libertou, total ou parcialmente, e mostra aos outros, ainda não libertos, o caminho da libertação. E os não-libertos criam alma nova em face de um homem liberto.
(...) O homem intelectualizado percebe a possibilidade de se emancipar desse automatismo escravizante e entrar na zona virgem da auto-determinação - mas esse conhecimento intelectual é apenas luz; falta-lhe ainda a força de realizar o que teve a luz de conhecer. Essa força realizadora existe no homem, não na periferia do seu ego superficial, mas nas profundezas do seu Eu real.
(...) É essa a filosofia cósmica de todos os grandes mestres da humanidade - sobretudo  da Bhagavad Gita e do Evangelho - que o homem escravizado pelo seu ego ilusório deve descobrir o seu Eu libertador a fim de entrar no 'reino dos céus', que está dentro do homem. Por onde se vê que os mestres supõem que o reino da verdade e da felicidade possa e deva ser realizado agora e aqui, e não só alhures e mais tarde. Os grandes mestres não ensinam substituição nem justaposição, mas completa interpenetração orgânica de todos os elementos do homem, em perfeita harmonia. Não afirmam que o ego deva triunfar agora e aqui, e que o Eu deva entrar no céu depois da morte e em regiões longínquas - ensinam que o ego pode e deve adquirir sua plena maturidade na forma do Ego, agora e aqui
(...) Os teólogos fazem consistir esse elemento escravizante (queda) em um fator externo, alheio ao homem, e, logicamente, também tem de atribuir o elemento libertador (redenção) a um fator externo. Nós, porém, sabemos que esses dois elementos estão dentro do homem, fazem parte integrante da sua própria natureza, porquanto o homem é tanto o seu ego pecador como o seu Ego redentor.
(...) Enquanto o homem conhece apenas as periferias de seu ego físico-mental-emocional, está ele escravizado por esse conhecimento imperfeito; mas se chegar a conhecer  o seu Eu central-racional, entra ele na grande zona libertadora
(...) Para prevenir equívocos, temos que frisar que esse ego e esse Eu não são, em última análise, duas entidades dentro do homem, mas que é a mesma e única realidade humana em dois estágios evolutivos diferentes. O ego é potencialmente o Eu - e o Eu é o ego plenamente atualizado e realizado. Assim como a semente de qualquer planta é a própria planta em estado potencial, e a planta é a semente em forma atual  assim é também o homem-ego, o homem-Eu, seja em forma embrionária e imperfeita, seja em forma adulta e perfeita."

Fragmentos retirados de "SETAS PARA O INFINITO" de Huberto Rohden, coleção A OBRA PRIMA DE CADA AUTOR  paginas 26 a 30)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Kyol Che: Liberdade de Si Mesmo

No ano de 2010 participei durante quinze dias do retiro de meditação Kyol Che, com Sanvara Bodewig.
Oportunidade ímpar de nos tornarmos cientes dos extenuantes duelos de idéias que ocorrem em nossa mente e que nos impedem de fazer contato com o nosso verdadeiro ser.
Aprendendo a não se deixar enredar por essas armadilhas da mente, por essas discussões que ocorrem ininterruptamente em "nossa cabeça", transformamos  a mente em mais um instrumento para o nosso crescimento. A mente não é uma inimiga, ela apenas é algo que se desenvolveu em nós e que tem a ilusão de poder controlar tudo, de estar à frente de tudo. Talvez a mente seja aquilo que gera o que chamam de maya.
Talvez maya seja o conjunto de pensamentos lógicos que desenvolvemos, através da mente, para explicar o mundo, excluindo o mistério a que chamamos Deus. Pensamentos lógicos que tentam reduzir o mundo aos conteúdos compreensíveis para o humano, excluindo o inexplicável, o invisível, o que é apenas pode ser compreendido pela sensibilidade. A mente é o que constrói essas ilusões de poder controlar a vida.
A mente briga e tenta destruir tudo que se baseia em percepções  extrasensoriais, o que significa que qualquer dado obtido através de nossa sensibilidade e intuição é destituido de valor real pela mente.
Nós temos um sistema perceptivo através do qual sentimos o que não é visível, audível, cheiravel, tateável e tampouco pode ser provado. Mas nós sabemos que é real.
Por muitos séculos os poderes religiosos se apropriaram da expressão da espiritualidade com o intuito de dominação dos outros homens. Esses amantes do poder transformaram Deus em um déspota, que mantinha o controle dos homens através da culpa, da ameaça de um inferno para quem não obedecesse aos seus representantes na terra. Os homens que ficaram tanto tempo à mercê desse deus injusto, que só protegia os poderosos, ao se ver livre desses senhores do poder na terra, também rechaçaram esse deus e tudo que se relacionasse a espiritualidade.
 Por alguns séculos talvez tenha sido necessário, no ocidente, que fosse deixado de lado esse invisível, e que fosse trazido à cena o  palpável, e que fossem desenvolvidas formas de estudar esse mundo material, como uma forma de não se deixar enganar novamente.
Surgiu a ciência como um campo de conhecimento capaz de encontrar as leis que regem esse mundo material. Essa ciência não tinha como mensurar o que não era material e resolveu desvalorizar as coisas sabidas apenas pela sensibilidade, ou seja, Deus, os fenômenos mediúnicos ou da sensibilidade e as nossas intuições. Tudo que não era material passou a não ser verdadeiro ou digno de ser pesquisado.
Como consequencia da exclusão do fenômeno imaterial da esfera do real, as manifestações referentes ao mundo espiritual passaram a ser manifestações de desequilíbrio.
Nesse momento podemos retornar ao instante em que eu falava da mente trabalhando na lógica materialista: ela simplesmente tenta aplicar as leis materialistas e mecanicistas as experiências da esfera espiritual. Não conseguindo enquadrar o fenômeno espiritual no que conhece, a mente tenta neutralizar esse invisível que age sobre ela. Ela tenta nos convencer de que tudo é da ordem da imaginação. Mas algo em nós sabe que existem coisas imateriais, forças que atuam sobre nós e não podem ser medidas. É o nosso espírito que vai questionar o materialismo da mente. Dessa forma se inicia dentro de nós uma grande discussão mental e a gente pensa que enlouqueceu. Além da discussão na mente, dos prós e dos contras e da voz de nossos espíritos, as vozes de outros espíritos se somam a esse processo, acelerando a nossa aceitação de que o material é apenas uma das faces de nossa existência.
Mas isso tudo é normal! Nós fomos presenteados com uma mente capaz de planejar, prever, organizar, e dona de um poder de análise capaz de impedir que caiamos em crendices sem fundamento.
Nesse momento, o oriente se volta para o ocidente, ou melhor, dentro do planejamento Divino surgem alguns iluminados do oriente que vem para o ocidente para ensinar a arte da meditação, através da qual aprendemos a disciplinar a mente inquieta. Dentre eles podemos citar Vivekananda e Yogananda, dois indianos que vieram em missão ao ocidente ensinar as coisas do espírito para nós, que estávamos mergulhados num materialismo absoluto. Mais atualmente podemos citar Sai Baba e Osho. Mas existem muitos outros.
Kyol Che é um retiro de meditação adaptado às características do ocidental, criada por Osho e Sanvara Bodewig.
A respeito do trabalho desenvolvido por Osho, podemos ler no livro "Alegria, a felicidade que vem de dentro":

  "Como um fio de ligação percorrendo todos os aspectos do trabalho de Osho, há uma visão que engloba tanto a sabedoria perene do Oriente como o potencial mais elevado da ciência e da tecnologia ocidentais.
Osho também é conhecido pela sua revolucionária contribuição à ciência da transformação interior, com uma abordagem de meditação que leva em consideração o ritmo acelerado da vida contemporânea. Suas singulares meditações ativas são estruturadas de modo a primeiro aliviar as tensões acumuladas no corpo e na mente, para que então fique mais fácil experimentar o estado de meditação relaxado e livre de pensamentos"

Desenvolvida a mente analítica, organizadora, planejadora e muito mais, temos que fazer com que ela se aquiete para que possamos sentir as coisas do espírito, para que possamos viver nossa espiritualidade nesse lindo planeta Terra.  

Ao término de nossa participação no retiro espiritual Kyol Che, nos foi pedido que dessemos um depoimento sobre a experiência. O que escrevi vou reproduzir aqui, em parte, mas os depoimentos de todos que participaram podem ser lido no site de Sanvara, do Kyol Che, do ano de 2010.

"...nenhum pensamento gerado pela nossa mente limitada é capaz de dar conta de qualquer  realidade. A mente que procura justificativas para todos os acontecimentos da vida, vai trabalhar com o material que ela pode entender e processar, o que, na realidade, é muito pouco frente ao que podemos chamar de mistérios desse universo. Esses "Mistérios" só podem ser alcançados através da vivência do silêncio, em que nos permitimos ser invadidos pela totalidade; um único instante em que somos preenchidos por essa força, que eu chamo de Deus, mas que pode ser chamada por qualquer nome, o instante em que nos deixamos permear por essa Consciência, que é tudo que existiu, existe e existirá, tem o poder de modificar as nossas vidas e ao mesmo tempo todas as vidas do mundo. Obrigada"

E posso acrescentar ainda, nesse instante, que não se trata de se deixar permear por essa Consciência, mas sentir que nós somos parte Dela e assim como nós, tudo o que é conhecido, desconhecido, amado ou odiado, faz parte dessa Consciência.


Obrigada pelo seu carinho

EU SOU NICE






http://samvara.info/por_kyol.htm

domingo, 31 de julho de 2011

Petrópolis: boas novas sobre a Terapia Floral

 Em Petrópilis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, que foi muito atingida  no verão deste ano (2011) a Terapia Floral recebe o agradecimento e o pedido de continuidade, passada a emergência, em que o foco dos atendimentos é o fortalecimento das "Almas" para que elas não sucumbam frente a tanto sofrimento.
Nesse momento de urgência, é comum e necessário que se utilize os Florais de uma forma mais genérica, utilizando fórmulas de efeito mais abrangente e que possam servir a todos os que serão cuidados. Fórmulas que contenham florais que trabalhem o trauma em si, que despertem a coragem e o desejo de viver, que devolvam a esperança, que façam ver que a vida, apesar de todo o sofrimento do momento é uma dádiva Divina são alguns exemplos de Essências Florais a serem utilizadas nas fórmulas gerais que deverão ser oferecidas aos atendidos.
Após esse momento inicial, a Terapia Floral retoma a sua característica original que é a de considerar cada ser como um ser único e que para ser cuidado deve utilizar fórmulas individualizadas, que favoreçam o desenvolvimento das suas potencialidades, para que sejam despertados novos campos de consciência capazes de fazer esse ser se sentir parte integrante do Universo, capaz de agir no mundo de forma afirmativa: Essa pessoa passa a saber, no corpo e na Alma,  que os erros são parte do processo de despertamento, que o sofrimento existe, mas que não precisamos estacionar no sofrimento e que a perfeição já existe em nós, bastando que aprendamos que a perfeição é nossa por direito de filiação. Afinal, quem é nosso Pai-Mãe?
 Nesse sentido a Terapia Floral, em Petrópolis quer retomar o seu direcionamento original e é disso que fala esse e-mail de Vera Gondim. Aos terapeutas foi solicitado que continuem o seu trabalho no posto de saúde, porém o trabalho agora retorna ao seu plano original, retomando o caráter educativo das essências florais.


Em 30 de julho de 2011 20:15, Vera Gondim <veragondim73@yahoo.com.br> escreveu:
 
  Queridos Amigos e Parceiros da Terapia Floral !

É com muita alegria que venho novamente dar ÓTIMAS NOTÍCIAS e contar a vocês como a Terapia Floral tem "armado das suas" e nos conduzido para onde quer chegar !!!

Ontem foi um dia muito emocionante para o grupo que ainda continua trabalhando na equipe voluntária da Terapia Floral aqui em Petrópolis (infelizmente agora reduzido a cinco pessoas, já que a maioria voltou às suas atividades normais).

Ao completar seis meses da enchente, estava marcado que iríamos encerrar o nosso trabalho voluntário no Centro de Cidadania da Prefeitura ontem, último dia útil do mês, e também no Centro de Triagem dos Correios, onde não há mais desabrigados da enchente morando, uma vez que todos partiram para o aluguel social ou voltaram para reconstruir suas casas.

As pessoas vitimadas pela enchente já não são mais o perfil básico dos atendimentos no Centro de Cidadania, que há cerca de três meses voltou a seu papel original de Posto de Saúde. Há algum tempo começaram a aparecer os casos mais individualizados, muitas vezes encaminhados pelos próprios médicos e demais profissionais de saúde que lá trabalham. Com essa mudança de perfil, começamos a lidar com outros tipos de necessidades, que não mais estavam sendo atendidas pelas fórmulas-padrão que vínhamos utilizando até então, previamente preparadas. Em alguns casos, começamos a fazer algumas fórmulas mais individualizadas mas, como no Posto de Saúde não temos condições de preparar os florais, fica muito difícil prepará-los em outro local e levar depois os vidros que cada pessoa precisa. Além disso, não temos um repertório sortido de essências que cubra todo tipo de situação. Mas, por outro lado, estávamos com muita pena porque, após esses seis meses, nosso trabalho está ficando conhecido e as pessoas já procuram o Posto de Saúde visando ao nosso atendimento. As pessoas ficam sabendo do trabalho por outras que já receberam atendimento e diariamente, pela manhã bem cedo, várias pessoas ficam na fila procurando ser atendidas pelos terapeutas florais.

Quando o pessoal do Posto de Saúde ficou sabendo que nós encerraríamos as atividades, como das outras vezes em que quase encerramos, pediram muito que não saíssemos. Mas, diante da decisão já tomada, disseram que não poderíamos sair sem que fosse feita uma comemoração especial de agradecimento. Eles fariam questão de promover isso. Ficou então acertado um café da manhã ontem.

Nesse meio tempo, entre o convite e a data marcada, nós da equipe já estávamos nos questionando se deveríamos ou não continuar o trabalho, diante de tanta insistência, diante de tanta acorrência de pessoas procurando a Terapia Floral no PS e diante da vontade do nosso coração de continuar.

 Ao chegar ontem pela manhã na entrada do posto, encontrei a fisioterapeuta que trabalha lá, a quem conheço de outro lugar há mais de 10 anos, e ela me disse tristemente o que já vem dizendo para as terapeutas que lá atuam: "vocês não podem parar o trabalho de vocês ! Todo mundo está vindo procurar por vocês ! Vocês nos ajudam muito em nosso trabalho !" Ponderei com ela que o perfil do atendimento havia mudado e que nós não estávamos tendo condições de preparar os florais necessários para as necessidades das pessoas. Falei da necessidade de fórmulas mais individualizadas, da necessidade de um espaço mais específico para a preparação dos vidrinhos e para acomodar nosso material.  Ela me disse que o supervisor do posto estaria presente à confraternização e mencionou que ele também não queria nossa saída. Propôs então que eu colocasse para ele as nossas necessidades, durante o café da manhã. Disse ter certeza de que ele se mobilizaria para nos manter ali por mais tempo. Esse encontro fortuito (mais uma sincronicidade...) me deu a coragem para propor ao grupo uma nova reflexão (ali mesmo, entre nós cinco, em um cantinho, antes de entrarmos para o café da manhã) e também para colocar nossas necessidades para o supervisor do posto, mais tarde, durante a confraternização. O Universo realmente "não dá ponto sem nó" ! Ainda que a gente queira levar a coisa para outro lado, se está escrito nas estrelas, assim será !

Quando chegamos à sala do café da manhã, carinhosamente preparada por eles, todas ficamos muito emocionadas. Quase choramos ao ver o carinho que nos estava sendo demonstrado ali: uma mesa muito simples, bem grande, com uma toalha plástica azul cheia de coisas gostosas: bolos, pães, roscas, manteiga, queijo fatiado, uma travessa grande com ovos mexidos, biscoitos, chás, sucos, café, xícaras, talheres e pratos descartáveis. Eles se cotizaram e organizaram tudo com o maior carinho para nós. Ao final, cada uma de nós ganhou da pediatra - um anjo em forma de gente - um vaso de violetas como uma retribuição simbólica pela energia das flores que levamos para todos ali, segundo ela. Foi uma coisa linda e emocionante. Uma confraternização especial !

Todo mundo do posto compareceu, desde o funcionário mais simples até o supervisor do posto. Foram se revezando para que o posto não ficasse desguarnecido. O supervisor do posto, mesmo em férias, fez questão de ir até lá para participar. E, segundo disse, estava ali também representando a Chefe da Atenção Básica da Secretaria de Saúde, que não pôde comparecer, mas que havia pedido que ele fosse efusivo nos agradecimentos a nós, porque nossa ajuda havia sido imprescindível para eles no trabalho com os desabrigados. Ela pediu que ele não esquecesse de mencionar que ela não queria perder o contato conosco.

Ficamos lá confraternizando durante a manhã inteira, e ainda queriam que a gente ficasse para almoçar o restante que sobrou...  Tudo ali revelava um enorme amor e uma imensa gratidão a nós. Foi uma bênção termos participado de tudo isso... Um momento lindo e emocionante para todas nós !

Durante a confraternização, a pediatra falou, agradecendo muito o convívio conosco ali, agradeceu muito termos cuidado deles durante a crise e sugeriu mais uma vez que não fôssemos embora. O Supervisor do PS, em sua fala, também mencionou que não gostaria que fôssemos embora.

Nas conversas que tivemos ali, todos eram unânimes em dizer que merecíamos muito mais do que aquilo que estavam nos proporcionando e pediam que não encerrássemos nosso trabalho no posto. Encorajada pelas conversas prévias que tive com a fisioterapeuta e com as outras terapeutas do grupo, coloquei para o supervisor do posto a mudança do perfil dos atendimentos e das nossas novas prioridades ali, o que nos levou à necessidade de encerrar o trabalho. Mas disse também que, diante da vontade que eles manifestavam de que permanecêssemos, poderíamos pensar em dar continuidade, agora pautando de forma diferente nosso trabalho ali. Mencionei que ainda tínhamos algum material de doação e que contávamos com a disposição das terapeutas que atuavam no local. Se era desejo deles a continuidade do nosso trabalho, iríamos precisar de um armário e um espaço para preparar os florais, já que a partir de então teríamos que trabalhar não mais com fórmulas-padrão e sim com fórmulas individualizadas, preparadas na hora do atendimento. Foi um momento de muita alegria quando o supervisor imediatamente assumiu para si o compromisso de arranjar esse armário. O espaço seria a mesma sala que já estávamos utilizando, onde já existe uma pia. Ele chegou até a perguntar se precisávamos de uma geladeira para manter os florais... !! Estava disposto a arranjar o que fosse necessário para nos manter ali !! Foi muito lindo isso ! Uma sensação indescritível de valorização do nosso trabalho enquanto Terapeutas Florais !

Quando a gente acha que já viveu tanta emoção com esse trabalho, ainda vem mais...!!!!! Haja coração !!!!!

Enquanto tudo isso se desenrola, estamos também trabalhando em paralelo para que possamos conseguir o apoio do Prefeito para a implantação do Programa de Terapias Naturais no serviço público do município. Pedi ao setor de informática da Prefeitura que feche os dados de nossos atendimentos para que eu possa preparar os relatórios finalizando essa etapa do trabalho (atendimentos às vítimas da enchente), abrindo em seguida a outra etapa de nosso trabalho, agora com o novo perfil. Vou encaminhar esses relatórios aos setores competentes da Prefeitura para que sirvam de respaldo para o que estamos pleiteando, em termos da implantação da Terapia Floral no sistema de saúde. Os dados falam por si sós !

Gostaria de dizer que vamos precisar nesse momento de muito respaldo dos pesquisadores para levar esse trabalho adiante. Estamos vendo grandes possibilidades de conseguirmos nosso intento de oficialização, mas a necessidade de continuar até que tudo se defina nos leva a um outro tipo de necessidade: precisamos agora ter essências mais básicas para o atendimento do dia-a-dia. Contamos hoje com algumas essências de emergência, algumas essências de Bach (bem poucas, provenientes de doações que recebemos) e uma parte do kit da Califórnia que nos foi cedido por uma terapeuta inglesa, que nos ajuda em nosso trabalho e que nos doou tudo o que tinha. Vou fazer com as terapeutas um levantamento do que temos e do que vamos precisar, mas certamente vamos precisar de ajuda para que consigamos levar esse trabalho até que possa sair a institucionalização. As coisas estão indo muito bem, a passos largos, mas vamos precisar de mais fôlego ! Está na hora de todo mundo se dar as mãos novamente !!!

Quero mais uma vez agradecer e elogiar as guerreiras que trabalham conosco nesse grupo voluntário, que há seis meses se dispõem a minorar o sofrimento alheio com o amor de seus corações, principalmente aquelas que encontram dentro de si forças para persistir depois desses longos seis meses ! Aliás, tudo isso que estou dizendo foi muito propalado na confraternização de ontem !

Agradeço também, em nome do grupo, a todos vocês que nos sustentam com seu amor, com sua colaboração e sua torcida à distância !

Como vocês podem ver, a finalização acabou virando recomeço !!!!  Não conseguimos terminar !

Que tenhamos fôlego para chegar ao final, com a ajuda e a parceria de todos vocês !
 
Com muita gratidão e carinho,
                                                                Vera Gondim


PS 1: Em anexo, estou enviando algumas fotos de ontem. O filme ficou longo demais e não dá para ser enviado. Na primeira foto vemos o grupo com a "pediatra-anjo", tendo à frente a farta mesa de café da manhã. Na segunda foto, o grupo de terapeutas (faltou a Vicki, que não pôde comparecer por motivo de falecimento de seu chefe, mas que foi muito lembrada por todos nós !) e o grupo de funcionários do Posto de Saúde, todos felizes comemorando nosso recomeço !!!
PS 2: Em tempo : estive hoje à tarde no Centro de Triagem dos Correios, na Fazenda Inglesa, me apresentei ao responsável pela Setrac (Secretaria da Prefeitura) e retirei de lá o restante do nosso material de trabalho, que será direcionado para Itaipava (Centro de Cidadania), encerrando nossa atuação lá, já que não há mais desabrigados da enchente alojados ali.

Os anexos de Vera não foram postados
Um abraço Fraterno 
Nice
__._,_.___

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Terapias Naturais no Sistema de Saúde do RS

No Rio Grande do Sul o deputado Cherini também abraçou a causa das terapias naturais

Em 9 de março de 2011 20:48, mauro kwitko <maurokwitko@yahoo.com.br> escreveu:

 

COMPROMISSO ASSUMIDO
Cherini defende naturopatia no
Catálago Nacional de Cursos Técnicos
O deputado Giovani Cherini  solicitou a SETC-Secretaria  de Educação profissional e Tecnológica a inclusão do Curso Técnico em Naturopatia no Catálago Nacional de Cursos Técnicos na área da saúde. O pedido atende solicitação da Escola de Educação profissional Ponto de Luz, que, atualmente, oferece o curso Técnico em Naturopatia.  Cherini justifica que o atendimento a Naturopatia à população está garantida pela portaria nº 971, de 3 de maio de 2006, do Ministério da Saúde, que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema único de Saúde.
ABRATH destaca Projeto de Lei que cria a
Profissão de Terapeuta Holístico e Programa de Serviços
de Terapia em hospitais públicos
A Associação Brasileira dos Terapeutas Holísticos destacou, em seu site, a iniciativa do deputado Giovani Cherini de criar, através do Projeto de Lei nº  1297 de 2011, a profissão de Terapeuta Holístico (Acesse a íntegra do projeto de lei,   http://www.giovanicherini.com/projetos.php). A iniciativa disciplina o exercício profissional e também cria o Programa de Serviços de Terapia nas unidades de saúde e nos hospitais mantidos pelo Poder Público ou a ele conveniados. Só poderão atuar profissionais registrados em órgão. Atualmente o Projeto encontra-se na Comissão Seguridade Social e Família.
“Ao abraçar nossa causa, abraça também o nosso apoio e reconhecimento de seu valor como homem público, exemplo para tantos dentro dessa casa por vezes tão criticada, vamos lhe cobrar apenas continuidade de causa, não deixando que esse projeto fique apenas nas mãos da câmara. Agradecemos sua iniciativa e oferecemos nosso apoio"Wilson Jr, Terapeuta Holístico / CRTH-BR 0007 ABRATHDiretor Nacional da ABRATH 
JUSTIFICATIVA

A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) registra mais de trinta mil
profissões, dentre as quais aproximadamente dezessete mil possuem lei para
regulamentar seus órgãos de fiscalização, cabendo ao mercado a seleção dos
trabalhadores. Logo, a ausência de regulamentação torna livre o exercício profissional,
funcionando apenas a legislação penal, caso ocorram lesões ou delitos, a exemplo de
exercício ilegal da profissão, invasão de uma atividade já regulamentada, etc.
No caso das terapias, a corrida desenfreada por esse mercado, bastante atraente
e vulnerável à entrada de aproveitadores, coloca, muitas vezes, em risco a saúde e até
a vida do usuário, sendo necessária a criação de instrumentos para impedir que
pessoas despreparadas nele atuem. Outras áreas, como a medicina, têm os seus
respectivos conselhos para investigar os erros. No entanto, os erros e arbitrariedades
que vêm ocorrendo na área das terapias não estão submetidos a nenhum órgão
fiscalizador. É lamentável que cursos de final de semana permitam que pretensos
terapeutas montem um consultório depois de apenas poucas horas de estudo
(dezesseis ou trinta, normalmente).
O crescimento desordenado atrai leigos e aventureiros que, sem treinamento
técnico adequado, sem prudência, sem ética, se lançam no exercício profissional.
Acreditando-se sábios o suficiente para interferir perigosamente na vida do cliente,
põem em risco a saúde do usuário. Sabem um pouco de tudo, criam coquetéis
terapêuticos, inventam novas terapias para acelerar a cura e para se firmarem no
mercado de trabalho.
É necessário separar os bons profissionais dos oportunistas, função que tem sido
exercida pela Federação Nacional dos Terapeutas, órgão criado em junho de 2004 para
congregar e conduzir a categoria em todo o Brasil. Ela tem desenvolvido um censo para
constituir um Cadastro Nacional de Terapeutas, localizando e identificando os
profissionais da área. Também vem colhendo assinaturas para um baixo-assinado a ser
encaminhado ao Presidente da República, solicitando urgentemente a regulamentação
dessa profissão.
A Organização Mundial de Saúde criou o Programa Internacional de Atendimento
Primário em Saúde, incorporando as terapias, visando a otimizar o atendimento
indispensável à saúde de mais da metade da humanidade, que não tinha condições de
ser atendida. Em 1976, foram implementadas nos programas oficiais
ratificadas em 1983
Auriculoterapia, Terapia Ortomolecular, Terapia Antroposófica, Neuropatia, Yogaterapia,
Quiropatia, Osteopatia, Terapia Quântica, Cromoterapia, Terapia Ayurvédica, Terapia
Floral, Aromaterapia, Terapia do Toque (Reiki), Magnetoterapia, Reflexologia,
Psicoterapia e Terapias Psicossomáticas, Terapia por meio da Hipnose, Terapias por
meio da Meditação, Terapia da Respiração, Iridologia,Terapia Reichiana e
Bioenergética, Massoterapia, Tai Chi Chuan, QiGong, Chi Kun.
Atualmente, novas especialidades foram sendo criadas e incluídas no contexto
das terapias, entre elas: Ioga, Musicoterapia, Trofoterapia, Cromoradiestesia,
Homeopatia, Radiestesia e Geoterapia.
Vale ressaltar que já existem terapias reconhecidas pelo Ministério do Trabalho e
do Emprego, o que comprova a existência legal da profissão, mas não a categoria de
Terapeuta. As profissões reconhecidas pela Comissão de Classificação do MTE (8690-
9/01) são: Acupuntura, Aromaterapia, Cromoterapia, Do-In, Reiki, Rolfing,Shiatsu,
Terapia Floral, Terapia Indiana e Terapia Reichiana (fonte:
A Constituição de 1988 estimulou novas formas de organização classista. Apenas
as classes profissionais que possuem Conselho Federal é que têm direitos respeitados.
As profissões não regulamentadas buscaram soluções alternativas, como a autoregulamentação.
Várias são as tentativas de regulamentação dessa categoria, até o momento.
1) Em Santa Catarina, a Lei Estadual nº 6.320/83, no artigo 13, parágrafo 1º, diz que,
para o exercício de atividade na área de Saúde,deve-se possuir Diploma, Título, Grau,
Certificado ou equivalente válido, devidamente registrado no órgão competente, que o
fiscalize e represente.
2) O Senador Valmir Campelo, mediante o PLS nº 306/91,propôs a criação da profissão
de Terapeuta em Medicina Natural.
3) O Senador Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente da República), com o PLC nº
67/1995, propôs a criação da profissão de Técnico em Acupuntura.
4) O Deputado José Abreu, por solicitação do extinto Conselho Federal de Terapia,
propõe a criação da categoria de terapeuta holístico; em Joinville, o extinto Conselho
Federal de Terapeutas propôs a criação da Terapia Holística, por meio do Decreto
3.060/97.
5) O vereador Celso Jatene - PTB, a pedido do Sinaten
Terapeutas Naturistas, conseguiu aprovar, na Câmara Municipal do Estado de São
Paulo, o Projeto Lei nº 140/2001, que foi promulgado em novembro de 2003; a prefeita
Marta Suplicy implantou, então, as Terapias Naturais na Secretaria Municipal de Saúde
de São Paulo.
6) O deputado João Caramez tentou, por meio do Projeto Lei nº 638/2005, criar o
Programa de Terapia Natural para o Estado de São Paulo. O projeto está em
tramitação.
7) A Senadora Lúcia Vânia defende a regulamentação da profissão.
8) O autor dessa proposição legislativa, quando Deputado Estadual do Rio Grande do
Sul, apresentou o Projeto Lei 208/2003, propondo a criação de Serviços de Terapias
nas Unidades de Saúde e nos Hospitais do Rio Grande do Sul. Esse deputado realiza,
por seis anos consecuti
havendo sidoas seguintes terapias: Acupuntura, Moxabustão, Shiatsuterapias,www.cnae.ibge.gov.br).Sindicato Nacional dosvos, o “Encontro Estadual de Terapeutas”, reunindo,
anualmente, mais de mil terapeutas na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul,
em de Porto Alegre.
Registre-se, também, que, no Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde
realizou concurso e contratou dentistas especializados em acupuntura.
COFEN - Conselho Federal de Enfermagem determina que enfermeiros podem
desenvolver práticas naturais, desde que busquem cursos de especialização com, no
mínimo, 360 horas.
O SUS
na Portaria nº 971, do Ministério da Saúde, publicada em 4 de maio de 2006, embora
não delegue competência aos terapeutas.
Vale ressaltar que diversas universidades têm pesquisado os efeitos das práticas
terapêuticas, buscando a comprovação da eficácia de terapias como a ioga e a
meditação. O resultado dessas práticas, como coadjuvante em tratamentos, levou várias
instituições a investir na convivência entre a medicina e as diversas terapias.
Atualmente, meditação, fitoterapia, acupuntura, ioga e florais, entre outras
terapias, são recursos usados em hospitais públicos e particulares. O Tai Chi Chuan é
prescrito, na Unidade de Psiquiatria do Hospital de São Paulo, a pacientes com
transtornos mentais, como esquizofrenia e depressão (publicado no Diário Oficial de
São Paulo de 02/11/2002).
Temos hoje o Curso de Extensão em Medicina Integrada, que é ministrado,
desde o ano 2002, pela Asami
o primeiro curso de extensão do Brasil sobre Medicina Integrada e ainda o único a
adotar em sua grade de disciplinas temas abrangentes e variados sobre a matéria.
Destinado a médicos e profissionais da área de saúde em geral, o curso oferece
uma visão moderna e abrangente da Medicina Integrada, sempre embasado em
conhecimentos científicos. Os módulos abordados trazem a oportunidade de o aluno
conhecer as últimas novidades da área e fornecem a capacitação necessária para a
aplicação prática dos conhecimentos adquiridos.
Destacam-se os seguintes temas do Curso de Extensão em Medicina Integrada:
Hormonioterapia Bioidêntica - Dr. Roberto Cesar Leite
Medicina Integrada em Especialidades Médicas - Dr. Roberto Cesar Leite
Radiestesia Médica - Dr. Domingos Ciochetti
Medicina Ayurvedica - Dra. Rosana Takako Ide
Biorressonância e Radiônica - Dr. Francisco Vianna
Ozonio e Neural Terapia - Dr. Luiz Cláudio Fronza
Microscopia em Campo Escuro - Dr. Antônio Geraldo Camara
Colonterapia - Dr. Carlos Miguel Naldi
Nutrição Funcional - Profª. Pryscila Oms
Dietoterapia - Prof. Elias de Souza
Noergologia - Prof. Gustavo Gava
Nosodioterapia - Dr. Carlos Lyrio
Neuro Cardiologia - Dr. Fábio César dos Santos
Medicina Quântica - Dr. Wanderson Machado - Profª Eliane Xavier
Terapia de Corpos Sutis - Profª. Marinalva Moutinho.
Importante destacar que, no campo da medicina integrativa temos o cirurgião
Paulo de Tarso Lima, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo como um dos maiores
defensores. Lima estudou a medicina integrativa na Universidade do Arizona (EUA) e
cursa o segundo ano da Barbara Brenner School of Healing, na Flórida, onde a cura é
perseguida a partir do estudo da energia humana.
Em entrevista concedida a Revista Veja o defensor da Medicina Integrativa
explica os fundamentos da medicina integrativa e aposta que a prática vai se espraiar
por aqui por razões econômicas - por ora, apenas alguns hospitais e somente cinco
Sistema Único de Saúde acolhe terapias alternativas, com fundamentoAcademia Sul-Americana de Medicina Integrada, sendo
universidades brasileiros se dedicam ao assunto. Segundo a Revista, “não é habitual
ouvir um médico respeitável, de uma instituição de saúde modelar, falar sobre o papel
da energia do corpo humano e da religião no caminho para a cura”.
Segundo o Dr. Lima a “Medicina Integrativa é um movimento que surgiu nos
Estados Unidos na década de 1970 e que começou a ser organizado com mais rigor na
década de 1980, quando entrou para as faculdades de medicina. Hoje, existem 44
universidades americanas ligadas à pratica, que traz uma visão mais holística da pessoa
no seu todo: corpo, mente e espírito. O que buscamos é oferecer uma assistência com
informação e terapias que vão além da medicina convencional para ajudá-la a se
conectar com a promoção de saúde. Eu não tenho a menor dúvida de que a medicina
convencional é extremamente efetiva em se tratando de doença, mas saúde não é
apenas ausência de doença”. Ele destaca que os Sistemas tradicionais como a
medicina chinesa e indiana nos oferecem uma gama de alternativas, como acupuntura,
reiki, yoga, entre outras, que trabalham a energia do nosso corpo, estimulando uma
reação aos sintomas das doenças.
Por tudo que foi exposto na presente justificativa, torna-se de fácil compreensão a
necessidade de regulamentar a profissão de terapeuta holístico, fomentando,
regularizando e fiscalizando a atividade desses profissionais.
Conto com a colaboração de meus nobres colegas para, juntos, aprovarmos esta
proposição.
Câmara dos Deputados, 04 de maio de 2011.
Deputado Giovani Cherini

domingo, 17 de julho de 2011

A Terapia Multidimensional: a cura pelo coração


Forma de terapia recebida por canalização por Helene Abiassi, ao longo de 18 anos, e abraçada por João Carlos Paliteiro, por encontrar ressonância com as próprias canalizações. Ela, francesa escolheu Portugal para morar, ele português. Trabalham juntos desde 2004.
Baseados em Portugal, não se furtam ao desafio de empreender muitas viagens para o exterior, divulgando o seu trabalho, ou visitando lugares sagrados, onde costumam receber novas iniciações que repassam aos seus "alunos".
Seus cursos são compostos basicamente de iniciações que possibilitam os alunos mobilizarem as proprias energias, juntamente com os seres espirituais que compõem a egrégora do trabalho de Terapia Multidimensional.
Uma característica bastante marcante dessa forma de trabalho é que ele é centrado nas energias do coração ou do chacra cardíaco. Não existe exclusividade no que se refere aos seres de Luz que estão ligados a essa terapia. São apenas Seres de Luz que estão dispostos a nos auxiliar nessa maratona no planeta Terra. Esses Seres de Luz podem ser os que se apresentam na Umbanda, como Caboclos, Pretos Velhos, etc; pode ser Jesus, Maria ou São Francisco de Assis; pode ser Bezerra de Menezes ou Fabiano de Cristo, podem ser os seres de Luz de Orion ou das Pleiades ou intraterrenos. O que todos esses seres tem em comum? Trabalham com o Coração e desejam nos auxiliar a nos desfazer dos nós energéticos ligados ao nosso passado. Eles desejam nos aliviar das nossas ilusões de culpa e fracasso que ainda nos impedem de nos sentirmos dignos de assumir nossos lugares de anjos, de santos ou de deuses co-criadores da realidade física. Essas ilusões de indignidade nos impedem de abraçar nossa total potencialidade.






O Trabalho Voluntário dos Terapeutas Florais - Região Serrana

Assim que se recuperaram do susto causado pelo deslizamento de terras na região Serrana do Rio de Janeiro, um grupo de Terapeutas Florais residentes em Petrópolis, lideradas pela terapeuta Vera Gondim se ofereceu como voluntário para o atendimento emergencial  das vítimas dessa calamidade. Também em Friburgo e Teresópolis alguns terapeutas se mobilizaram para levar através da Terapia Floral, o conforto possível diante do tamanho da tragédia que ocorreu nessa região.
Durante vários dias trabalharam incansavelmente, recebendo auxílio material de outros terapeutas de outros municípios, Estados e até de terapeutas residentes fora dos Brasil.
Durante esse período, de esforço intenso de trabalho por parte desses voluntários, algumas surpresas foram ocorrendo:.
- Nos carros das equipes de socorro sempre era requisitada a presença de um Terapeuta Floral;
- Uma sala foi designada para que houvesse atendimento floral no Posto de Saúde;

  Esses são e-mails  enviados por Vera Gondim à Rioflor - Associação dos Terapeutas Florais do Rio de Janeiro e que nos mostra a dimensão do trabalho desses terapeutas voluntários:

Queridos Amigos dessa Linda REDE DE LUZ:
É com muita alegria e gratidão que encaminho a vocês, em meu nome e em nome de todo o grupo, o boletim da Flower Essences Society da Califórnia, com uma matéria enorme e fotos sobre o nosso trabalho aqui em Petrópolis.
 Isso é resultado de todo um trabalho conjunto, não só do nosso grupo de terapeutas voluntários aqui (a linha de frente) mas também de vocês (a retaguarda), que nos dão o suporte, em todos os sentidos, para que possamos continuar a desempenhar essa tão nobre tarefa de levar a bênção das flores às pessoas tão duramente atingidas pela tragédia.
 Quero aqui ressaltar aqui a importância do imenso apoio que recebemos - a nível institucional e como pessoa humana maravilhosa que é -  da Coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Petrópolis, Maria Célia Machado, que nos abriu as portas, não só da Secretaria de Saúde mas também de seu valoroso coração, nos dando a chance de demostrar como a Terapia Floral pode ajudar nesse momento importante de transição por que passa a humanidade. A ela nossa mais profunda gratidão.
 O reconhecimento por nosso trabalho, agora internacional, é de toda a Terapia Floral, como instrumento de mudança de paradigmas e padrões de consciência, numa época em que estamos sendo chamados coletivamente a rever modelos, crenças e atitudes ! Que nossos governantes, a exemplo da Maria Célia Machado e da Deputada Inês Pandeló (que apresentou o projeto de Lei inserindo a Terapia Floral dentro do SUS, no Rio de Janeiro), sejam iluminados e saibam enxergar na Terapia Floral um recurso valioso para que possamos ter um Brasil mais saudável, em todos os sentidos.
 Nossa mais profunda gratidão a todos os que estão nos incentivando e ajudando, de alguma forma, a realizar esse trabalho.
Que o Plano Espiritual continue nos enviando ventos favoráveis e a inspiração necessária para levarmos adiante essa nobre tarefa.
Com amor e carinho,
                                               
                                        Vera Gondim

International Research Journal Online • Winter-Early Spring 2011
Flower Essence Therapists Play Vital Role
in Emergency Relief Following Floods in Brazil
This is a report written by Vera Gondim, a flower essence practitioner and teacher in Brazil. After the devastating and disastrous floods in the country, she and an already well-organized social service group of flower essence practitioners went to deliver flower essence therapy to those in need of emotional support. Read the report here.

O e-mail a seguir descreve a reunião ocorrida em Friburgo com  representantes dos municípios atingidos, do Estado e da União:

Em 9 de fevereiro de 2011 08:36, Vera Gondim <veragondim73@yahoo.com.br> escreveu:

 
 Queridos Amigos e Parceiros dessa maravilhosa REDE DE LUZ: 
Ontem cedo tivemos uma importante reunião em Friburgo, com a representação dos municípios atingidos, do Estado e da União. Recebemos esse convite em função dos depoimentos da Coordenadora do Programa de Saúde Mental de Petrópolis, Maria Célia Machado, na última reunião, em que expôs que a situação de Petrópolis é muito tranquila graças à atuação de uma equipe de Terapeutas Florais Voluntários que está fazendo um eficiente trabalho de atendimento às vítimas.
Éramos ao todo sete terapeutas de Petrópolis, uma de Areal (um dos municípios a que estamos dando apoio), cinco terapeutas do Rio (representantes da Rioflor, do Conaflor, e da UFRJ) e uma de Friburgo.  
Nossa coordenadora de Saúde Mental da Prefeitura de Petrópolis fez uma explanação do que está acontecendo no município e como a Terapia Floral está sendo importante no atendimento às vítimas, através do trabalho organizado e eficiente da equipe de Terapeutas Florais Voluntários  que se criou.
Em seguida, a Rosângela Teixeira, presidente da Rioflor, falou sobre a Terapia Floral e sobre a ajuda e o apoio que esse trabalho vem recebendo da Rioflor, dos pesquisadores nacionais e internacionais e dos terapeutas e simpatizantes de todo o Brasil.
Depois, a Jurema Gouvea falou estar representando também a UFRJ e a Lizete de Paula falou como representante do Conaflor, lembrando a aprovação da Lei Estadual em que a Terapia Floral está inserida.
Em seguida, em nome do grupo de Terapeutas Florais Voluntários de Petrópolis, fiz uma explanação mostrando inicialmente que a Terapia Floral se encontra muito bem estruturada no Brasil: temos entidades representativas da classe a nível nacional, estadual e municipal. Coloquei que a Terapia Floral está nas Universidades (IBEHE e USP, em S. Paulo, e UERJ inicialmente, depois UFRJ, no Rio), estando inclusive inserida no Curso de Graduação em Enfermagem da USP. Está também inserida no SUS como Terapia Complementar, através de Lei Estadual, apresentada pela deputada estadual Inês Pandeló (Lizete distribuiu a cópia do Diário Oficial).
Expliquei que a calamidade em Petrópolis encontrou a Terapia Floral perfeitamente estruturada e ativa, com toda uma infra-estrutura de serviço voluntário montada e funcionando, realizando atendimentos sociais desde 1993, tendo feito nos últimos anos 7.463 atendimentos. É um serviço inteiramente auto-sustentável, que se utiliza exclusivamente da mão de obra de terapeutas florais voluntários. Este serviço se mantém através de doações que viabilizam o preparo dos florais para os atendidos. Há mais de uma década existe uma parceria informal entre a Prefeitura e esse serviço, com o encaminhamento dos alunos da rede pública de ensino para tratamento com a Terapia Floral no Núcleo de Atendimento Popular, que funciona há 10 anos em espaço cedido pela Ordem Franciscana de Petrópolis no Ambulatório da Pastoral da Saúde.
A existência dessa rede de serviço social operando há 18 anos viabilizou a rápida mobilização dos terapeutas para o atendimento imediato das vítimas da catástrofe que aconteceu na região serrana há 28 dias. Em apenas 15 dias, o grupo de Terapeutas Florais Voluntários de Petrópolis conseguiu atender 956 pessoas.
Nossa equipe atual, especialmente montada para a calamidade, conta com 21 terapeutas, subdivididos em grupos que dão conta das seguintes tarefas: assepsia dos vidros, preparação dos florais, atendimentos no Centro de Cidadania, atendimentos nos abrigos e residências que acolheram os desabrigados, atendimentos em outros municípios (Areal, São José do Vale do Rio Preto e, futuramente, Sumidouro). Estamos agora, a título de apoio, começando a fornecer os vidros de florais já preparados para Teresópolis, devido à escassez de terapeutas locais disponíveis para atuar na região (apenas dois terapeutas estão atuando na cidade). Em quinze dias, já foram preparados por nós cerca de 1.300 vidros de florais.
Recebemos doações de vidros, etiquetas, conservantes e essências, com a ajuda de uma verdadeira rede internacional que se montou em função dos acontecimentos.
Estamos prestando atendimento aos voluntários e cuidadores em geral (desde motoristas de retro-escavadeiras, passando pelo pessoal que trabalha resgatando corpos, médicos, enfermeiros, agentes de saúde, assistentes sociais, guardas municipais, oficiais da Aeronáutica e do Exército). Atendemos também as crianças e os adultos desabrigados e também cuidamos dos animais.
Para ilustrar, contei que outro dia, no Centro de Cidadania, uma oficial da Aeronáutica chegou fardada, perguntando de forma solene e ríspida quem era a terapeuta floral em atendimento e pediu que a acompanhasse (a coitada chegou a pensar que iria presa... rsrsrs). Alegou que a Major Rita queria vê-la. A terapeuta foi com ela à sala em que estava a Major Rita e muitas outras oficiais fardadas. A Major Rita se apresentou e disse que tomava florais e que queria que toda a sua tropa tomasse florais ! A terapeuta (aliviada...) atendeu a toda a tropa e forneceu os florais a todas as oficiais. Esse tipo de situação tem acontecido a todo momento. A toda hora somos procuradas por guardas municipais ou por oficiais militares dizendo que queriam "as tais gotinhas" porque seus colegas haviam dito que elas estavam fazendo verdadeiros milagres com eles.
Foi explicitado na apresentação que os terapeutas conhecem perfeitamente seu limite de atuação, sabendo discernir quando é necessário o encaminhamento das pessoas atendidas aos profissionais de outras áreas, como médicos, psicólogos e psiquiatras. Nosso trabalho corre em paralelo à atuação dos outros profissionais e não substitui outros atendimentos.
Foram mencionados os sintomas que normalmente aparecem nesse tipo de situação de catástrofe e foi explicado como a Terapia Floral pode atuar nesses casos. Foi também mencionado que, graças à atuação da Terapia Floral em Petrópolis, não houve nenhum caso de suicídio nem de tentativa de suicídio registrado durante esse período, ao contrário do que está acontecendo nos outros municípios. Não está também acontecendo em Petrópolis a Síndrome Pós-traumática, o que foi prontamente confirmado pela Coordenadora de Saúde Mental da Prefeitura de Petrópolis, em função do trabalho que está sendo realizado pelos terapeutas florais.
Durante a apresentação foi mencionado que muitas pessoas atendidas já estão saindo da fase do impacto e já estão pensando em reconstruir a vida.
Foi pontuado que esse trabalho todo está sendo feito de forma voluntária, a um custo ZERO para o Município, o Estado e a União, simplemente pela dedicação e disponibilidade dos terapeutas e pelo apoio da enorme rede de solidariedade e auxílio que se formou no Brasil e no mundo.
Finalmente, coloquei que o sucesso e o mérito do trabalho se deve ao desempenho incansável da EQUIPE COMO UM TODO, equipe essa em que todos atuam com o mesmo empenho, cada um fazendo a sua parte, revelando-se um verdadeiro trabalho de rede em que cada parte é igualmente importante e imprescindível.
Sentimos que a apresentação de nosso trabalho agradou e entusiasmou várias pessoas presentes mas, por outro lado,pareceu incomodar algumas outras pessoas, em função da explícita dificuldade de atuação dos órgãos governamentais pelas péssimas condições de que dispõe o poder público para agir, principalmente em Friburgo. A coordenadora de Saúde Mental desse município, antes de nossa apresentação, havia deixado claro o desaparelhamento total do município, que não conta com nenhuma viatura que possa transportar os profissionais da Psicologia para apoio ás vítimas. Enquanto o poder público tem dificuldades para começar a agir, um grupo de terapeutas voluntários, pelo simples amor à causa e por sua compaixão pelo ser humano, rapidamente se articula e realiza em apenas 15 dias um trabalho de qualidade e competente, atendendo a 958 pessoas. Realmente, devemos incomodar muito...
Encerramos nossa participação na reunião muito felizes, não só por estarmos podendo prestar um grande serviço às pessoas tão necessitadas de ajuda, mas também desejando de coração podermos servir de estímulo para que outros grupos se formem com esse mesmo ideal e sejam norteados pelos mesmos princípios que nos norteiam, principalmente o do amor incondicional.
Queremos aqui reafirmar o imenso valor do trabalho do Dr. Bach e da Terapia Floral como um
grande agente transformador de consciência e um belo instrumento que temos em mãos para minorar a dor e o sofrimento humano.
Queremos também agradecer à Coordenadora do Programa de Saúde Mental de Petrópolis, Maria Célia Machado, por acreditar em nosso trabalho e por nos abrir as portas e dar o espaço para podermos atuar e mostrar o quanto a Terapia Floral pode ajudar em situações como essa.
Essa não é uma vitória de nosso grupo, mas de toda a Terapia Floral e de todas as pessoas que formam essa linda REDE DE LUZ e que nos apoiam de todas as formas, próximas ou à distância. A todas essas pessoas, nossa mais profunda gratidão !
Com carinho, em nome de todo o grupo, em uníssono,
                                                                                                   Vera Gondim