domingo, 18 de novembro de 2012

Meu amigo Sai Baba


Hoje é dia 19 de novembro e daqui a pouco haverá uma reunião, de minha família extensiva, para deliberar sobre questões do inventário de minha mãe, que faleceu em outubro de 2011.
Esse tipo de reunião com objetivo de discutir divisão de bens, questões de herança, geralmente se apresentam bastante conflituosas. Por conta disso e por estar próxima a data do aniversário de nascimento do meu amigo Sai Baba (23/11), resolvi ir ao Centro Sai de Vila Isabel, onde haveria uma palestra sobre as Organizações Sai.
O palestrante, que desempenha um papel importante nas organizações, se comovia toda vez que falava do Mestre e disse, segundo o meu entendimento, que com o corpo de Sai Baba já não existindo nesse plano, ficaria mais fácil cultuá-lo dentro do "coração", dentro do si mesmo, integrando a nossa própria existência e nos acompanhando em todos os momentos.
Fui ao Templo na busca de soluções para questões que estavam (estão) impactando meu equilibrio emocional. Pedi ao Baba que acendesse, uma lamparina que fosse, no meu coração.
Num determinado momento, depois de já ter saido do templo, senti uma série de pensamentos e sentimentos confusos tomando conta do meu Ser, de mim (eu pequeno).
Nesse momento, meio desanimada, eu afirmei, bastante convicta, que assim Sai Baba não ia poder me ajudar, com o meu campo mental tão cheio de coisas confusas e "não boas". A partir desse instante, meu pensamento começou a se deslocar de fora para dentro e comecei a questionar se o que estava me perturbando era realmente importante para a minha vida ou se era apenas mais uma dessas coisas opcionais, que nos provocam tanto desgaste, mas que depois percebemos que não tem a menor importância.
Me questionei sobre o real impacto em minha vida de um pouco de dinheiro a mais ou a menos, não recusando, de forma alguma, o que o que a vida colocou como um direito material.
Me questionei sobre a honestidade das minhas teses, recheadas de ressentimento.
Me lembrei de quanto a prosperidade sempre esteve presente em minha vida, tanto em termos de ter o suficiente para suprir minhas necessidades, quanto em termos de conhecimento de caminhos espirituais ou de "coincidências" que ocorreram em minha vida que me encaminharam para onde estou hoje.
E pensei que as pessoas se sentem acuadas em certos momentos pelo medo de perderem bens, de verem modificadas situações que, por terem durado muito tempo, passaram a considerar como imexíveis ou imutáveis.  
É como se eu tivesse sido tocada por uma espécie de compaixão (considerando-se que eu já tenha entendimento do que seja isso), ou de uma compreensão das dificuldades do outro, coisa que eu me recusava a ver, por estar envolvida num sentimento confuso, de haver sido lesada, de alguma forma, por alguns dos membros da família, por decisão de nossa mãe.
Mas, principalmente, e isso eu compreendi nesse momento em que escrevo, essa compreensão diz respeito mais a minha libertação do que aos outros propriamente dito. É uma benção para minha vida me libertar desses ressentimentos, dessas mágoas e desses sentimentos e vontades de competir pelo amor de uma mãe que nem existe mais em corpo na Terra.
Dormi com os cordões da Amma, do Sai Baba e do Inácio de Loyola (comprado no João de Deus), lembrei da Christine Day, das Frequências de Brilho, joguei Vibutti na minha cama e pedi ao Mestre Sai Baba que estivesse comigo todo tempo.
Estou escrevendo isso tudo para dizer para mim mesma e para quem quiser ouvir, as seguintes coisas:
1) Sai Baba não está no Centro Sai, Amma não está na Índia, Inácio de Loyola em Abadiânia e assim por diante - com isso não digo que não frequentarei mais esses lugares, excetuando-se a Índia, para onde nunca fui;
2) Não é preciso que estejamos com o nosso campo totalmente limpo para que esses "Expansores de Campo de Consciência" atuem sobre nós: o simples mencionar da nossa intenção de que desejamos que ele interfira na nossa vida, nos mostrando melhores caminhos, o melhor que existe em nós, serve como o melhor detonador da nossa Essência Divina. Muitos vão dizer que é crença, mas eu digo que é energia Divina em ação.
Uma outra coisa que quero registrar aqui, é que não devemos nos ater em nossa personalidade atual e nos julgar ou condenar, por termos defeitos ou por não conseguir acessar o nosso Divino todo tempo. Isso tudo faz parte do caminho. Nós devemos sim, e isso será sempre muito saudável, pedir carona na iluminação desses seres para nos livrarmos dessas bagagens inúteis que só nos causam sofrimento e dor.
Uma última coisa, também baseada no que falou o palestrante da Organização Sai, é que Deus sempre nos disponibiliza o que esperamos receber. Se esperamos receber dificuldades, tudo será sempre difícil para nós; se quisermos ou acreditamos que na vida só vale quem tem dinheiro, isso vai ser a tônica de sua vida e assim por diante.
Mas, se quisermos Deus o tempo todo, nós estaremos abertos pra sentir Deus o tempo todo e Ele estará se manifestando dentro e fora de nós, em todas as coisas, e tudo com que tivermos contato serão sagradas para nós, porque sempre veremos nela o Criador:

 NAMASTE: O DEUS QUE VIVE EM MIM SAUDA O DEUS QUE VIVE EM VOCÊ


 Um abraço e que Deus ilumine nossos caminhos
Eu sou Nice de Toledo Gomes

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

De volta ao Kyol Che

Como já escrevi em texto anterior, participei do Retiro de Meditação Kyol Che em 2010. Neste ano de 2012 tive a oportuidade de partiipar novamente desse Retiro.
Uma da grandes propostas desse trabalho é dar um tempo para si mesmo, se desligando do cotidiano, que nos envolve de uma forma tal, que passamos a não prestar atenção ao que acontece conosco.

É essencial, nessa época em que milhões de informações alimentam nossa mente, que paremos e escutemos nosso Espírito, nossa Presença Eu Sou, nosso Eu Superior ou nossa Consciência Divina, demos o nome que quisermos dar, a essa nossa parcela  que sabe que é a Divindade.

Nesse Retiro somos levados a observar tudo que se passa na "nossa" mente. Permanecendo espectadores, o que vemos é um movimento constante de pensamentos que nos lembram situações do passado, projetam possíveis futuros, que nos condenam, censurando atitudes que tomamos, ou nos atribuindo valores, positivos ou negativos, que quase sempre não são baseados na realidade, nos acusando ou elogiando, utilizando dados criados por uma imaginação desenfreada, que tenta compensar nossos fracassos, com imagens de supervalorização. Podemos nos ver lutando com alguém ou tendo uma conversa animada com outra pessoa, ou nos justificando por atos não muito louváveis. O número de situações que mente pode nos mostrar é infinito e quase tudo que ela nos mostra não tem um fundamento real, são hipóteses, suposições, expressão de desejos os mais variados.

Observando esse movimento frenético e enlouquecido de nossa mente podemos nos tornar cientes de que muitas das nossas ações no mundo não são ações, mas são reações baseadas nas hipóteses dessa "nossa" mente, que não se preocupa com a veracidade, ou mesmo existência, das situações ou dos fatos que levaram àquela nossa ação no mundo (reação).

No momento em que percebemos como somos manipulados por verdadeiras novelas escritas por "nossa" mente, podemos escolher entre dois caminhos: podemos considerar que não somos manipulados e que tudo isso é uma grande besteira de gente que não tem  o que fazer e vê chifre em cabeça de burro, ou tomamos uma atitude para que possamos assumir a nossa vida, para que passemos a agir de acordo com e o nosso Ser verdadeiro, saindo da ilusão das invenções da mente.

Muitos Mestres nos alertam que a mente pode ser um maravilhoso instrumento de crescimento, quando a serviço do Verdadeiro Ser, mas quando ela se torna a tomadora de decisões na nossa vida, estamos "fritos" (minha expressão e não dos mestres!), Ao escolhermos a mente como nossa guia , provavelmente nosso caminho será coberto de problemas, de entraves, de mal-entendidos e de sofrimentos.
Porém, esolhermos o caminho que nos aponta nosso Espírito, não quer dizer que vamos evitar que acontecimentos dolorosos ocorram, porque isso é impossível nessa Terra em que vivemos. Poderemos sim, reduzir o sofrimento ao mínimo indispensável, como no caso de perdas de entes queridos, que retornam ao mundo dos Espíritos, ou ainda despedidas de pessoas que vão para lugares distantes ou de doenças que possam ocorrer. Porém, mesmo nesses casos  o sofrimento fica diminuído, quando não nos permitimos sofrer mais do que o necessário: o simples fato de que  não ficaremos imaginando que  "se tivéssemos feito diferente, o desfecho poderia ter sido outro" reduz muito a dor. Viveríamos a realidade do que É e não supostas outras realidades que a mente teima em nos mostrar como possíveis.

A observação dos pensamentos, possível apenas nos momentos em que nos damos um tempo, nos coloca a par da realidade em que vivemos, a da imaginação da mente.

Nesse Retiro de meditação, especificamente, somos orientados por Samvara Bodewig, que nos ensina métodos para que essa mente possa sair do controle de nossas vidas. Ela pode ser educada a ficar mais calma, quando lhe retiramos energia. Ela pode passar a ser a grande colaboradora do nosso Espírito, nas vivências na matéria, auxiliando o planejamento e concretização de ações decididas pelo Espírito e não por ela, mente.

Nesse segundo Retiro, consegui melhor do que no primeiro perceber esse jogo da mente e atualmente estou  um pouco mais no meu Espírito, mas devo dizer que não devo isso somente ao Retiro de Meditação, mas às aulas e vivências de Gasparetto,  ao desenvolvimento da sensibilidade que também é conhecida como mediunidade, às regressões que fiz, aos florais que tomei, ao trabalho de Psicoterapia que realizo, ao que aprendo nos livros de Osho, Huberto Rohden, Joel Goldsmith,  Pietro Ubaldi, no Evangelho, em tantos livros espiritualistas e em tantas outras fontes que abundam no mundo.
O Kyol Che é, para mim, a parada necessária para que tudo que entrou em contato comigo possa ser digerido e integrado ou descartado.

Agradeço as Graças recebidas do Universo.
Que eu possa me abrir cada vez mais para que as bençãos, que estão destinadas a mim, possam encontrar seu alvo.

Que Deus, seja lá que nome tenha, nos abençoe sempre.