sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O abraço de Amma: Mata Amritanandamayi


Existem experiências em nossas vidas, que nos ensinam, em apenas um instante, o que levaríamos muito tempo para entender em teoria; talvez até nem possamos entender fora da experiência. Esse aprendizado nunca é esquecido.
Certo dia eu fui a um hotel em São Conrado para abraçar Amma. Tinha visto uma entrevista com a atriz Patrícia Travassos sobre esse abraço. Cheguei ao evento cheia de expectativa. Esperei numa fila enorme em que fomos divididos em fileiras e a cada momento entrava uma delas. Esperamos, muito tempo eu e meu marido, até que chegou o momento do abraço. Fomos abraçados juntos e ela falou muitas coisas que eu não entendi.
Chegou e foi tão rápido que não deu nem o gostinho.
Que decepção!
Tanto tempo esperando e...na verdade eu não senti nada...
Fomos para casa apenas com o sentimento medíocre de que pelo menos tínhamos ido ver a tão famosa Amma. Pelo menos já sabíamos que não valia a pena encarar tão grande fila para abraçá-la. Era tudo lenda de devotos.
Dia seguinte: Acordei e na hora do café da manhã, estava eu lá com meu marido. Foi aí que percebi que algo havia acontecido: nós não estávamos discutindo e estávamos conseguindo conversar, coisa que estava sendo difícil há alguns dias. Algo havia de diferente no meu modo de me expressar. Não sentia impaciência na minha fala. Surgiu um sentimento bom  de estranheza e desconhecimento de mim.
A explicação para tudo que aconteceu é bastante simples e ao mesmo tempo é uma chave para que possamos processar mudanças importantes em nossas vidas.
No instante do abraço eu tinha uma expectativa tão grande de que eu sentiria algo tão marcante, que não percebi a mudança. Perdi meu tempo a falar sobre a decepção do encontro ao invés de silenciar para que a energia que havia recebido pudesse atuar em mim. Como uma boa ocidental deixei minha mente analisar criticamente toda aquela experiência. Independentemente da minha postura, que deve ter atrapalhado muito o processo, a energia foi tão intensa que conseguiu romper a barreira imposta por mim mesma. Imagina se eu tivesse ajudado a espiritualidade, o que não poderia ter sido mobilizado de amor dentro de mim? Se soubéssemos o quanto impedimos que a espiritualidade nos auxilie! Ficaríamos chocados ao descobrir que poderíamos ter recebido tanto e teríamos sido mais felizes, mais plenos, e que poderíamos ter aberto os canais para receber tudo que mais desejamos em nossas vidas.

Agradeço seu carinho
Nice de Toledo Gomes


http://www.ammabrasil.org/

Mauro Kwitko: A bebida alcoólica – quem nos viciou e vicia os nossos filhos?

Em 19 de agosto de 2011 08:10, mauro kwitko <maurokwitko@yahoo.com.br> escreveu:

 
A bebida alcoólica – quem nos viciou e vicia os nossos filhos?

O consumo de álcool é um hábito antigo que, um dia, vai desaparecer da face da Terra. E aí a bebida alcoólica receberá o mesmo status das drogas hoje consideradas ilícitas, será ilegal. Todas as bebidas alcoólicas, o vinho, a cerveja, o whisky, a vodka, a cachaça, e todas as outras bebidas alcoólicas só tem um objetivo: embebedar as pessoas. O álcool é a porta inicial para o uso das drogas chamadas ilícitas, junto com o cigarro. Depois dela e do cigarro, geralmente vem a maconha, depois a cocaína, e por aí vai. Todos nós fomos e somos criados em uma sociedade em que o seu uso é além de permitido, incentivado e estimulado. Alguém recorda alguma festa em sua casa, desde que era criança, em que não havia bebida alcoólica? E hoje em dia, isso não continua? Nós fomos habituados a acreditar que o uso da bebida alcoólica é algo normal e fazemos o mesmo com nossos filhos e netos, ou seja, nos venderam essa idéia e nós continuamos vendendo-a. Agregando isso ao incentivo maciço da mídia para o uso de bebida, nós crescemos sendo viciados e vamos viciando as novas gerações.
As manobras de divulgação e venda utilizadas pelo marketing, cuidadosamente planejadas, são baseadas no conhecimento de que quanto mais precoce é o consumo entre os jovens, maior é a possibilidade de cativá-los, por isso a publicidade é feita prioritariamente sobre os pré-adolescentes, os adolescentes e os adultos jovens, associando o ato de beber ao sucesso nos esportes, nas conquistas afetivas e no progresso financeiro, quando o que ocorre é o oposto, ou seja, quem bebe vai mal nos esportes, mal na vida afetiva, mal nos estudos e mal na vida profissional. Como os fabricantes de bebida alcoólica e as agências de publicidade conseguem convencer uma grande parcela de jovens e adultos de que beber faz bem e traz sucesso, é algo difícil de entender.
Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool é uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter um grande potencial para desenvolver dependência. O álcool é a única droga psicotrópica que tem seu consumo admitido e incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelo qual ele é encarado de forma diferenciada quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, que considera “beber moderadamente” como algo normal, o consumo freqüente de bebidas alcoólicas é um grave problema. Alcoolismo não é apenas viver bêbado, é beber todos os dias, mesmo que seja apenas uma cervejinha, uma taça de vinho, uma dose de whisky, uma caipirinha, etc. O ato de beber todos os dias caracteriza o vicio no álcool.

No Brasil, o consumo regular de bebida alcoólica inicia comumente a partir dos 14 anos de idade, causado pelo exemplo dos próprios pais e familiares, bebedores diários ou freqüentes em casa e em todas as festas. As nossas crianças são expostas desde a mais tenra idade a esse exemplo, e além disso, sendo estimuladas ao consumo através das rádios e das televisões. A propaganda da cerveja no Brasil é extremamente agressiva, endereçada prioritariamente às crianças e aos adolescentes, visando viciá-las o mais cedo possível. Se com isso forem mal no colégio, se ficarem doentes, se sofrerem acidentes, se destruírem suas famílias, isso não importa, o que importa é ganhar dinheiro, festejar o aumento do consumo, abrir novas fábricas sempre com a presença da imprensa comemorando aquele evento e de muitos políticos discursando e aparecendo nos jornais e nas televisões sorridentes por esse grande avanço do “progresso social”. Afinal, são mais empregos, mais impostos, mas a que custo? Doença, acidentes, mortes. Mas isso não importa, o que importa é ganhar dinheiro.
 Os adolescentes que bebem com alguma freqüência, geralmente têm pai, mãe e familiares que também ingerem álcool com alguma ou bastante freqüência. O consumo inicia vendo-os bebendo nas festas, porque fomos criados em uma sociedade que não consegue imaginar uma festa sem bebida, em casa à noite “para agüentar o tranco”, nos finais de semana “para relaxar”, para “comemorar” uma conquista profissional ou financeira, para “festejar a vitória do seu time” ou para “esquecer a derrota”, para “brindar” nos aniversários, no Natal, no Ano Novo, enfim, qualquer festa ou acontecimento é sempre associado ao ato de beber.
E quando um jovem torna-se viciado em bebida alcoólica, pelo mau exemplo dos adultos e por ação da propaganda nas rádios, nas televisões, nos jornais, simplesmente está reproduzindo com a veemência dessa faixa etária, o mesmo comportamento de sua família e de quase todas as famílias, o que aprendeu desde criança vendo em sua casa e nas festas, o que lhe ensinaram e continuam lhe ensinando, o que lhe dizem seus ídolos do esporte, sempre sorrindo, sempre vencedores, com um copo ou uma latinha na mão, o que enxerga nos outdoors nos campos de futebol, nos carros de corrida. Enfim, nós viciamos os nossos filhos ou permitimos que os fabricantes de bebida alcoólica e algumas agências de publicidade o façam, com o beneplácito dos nossos governos, e depois os levamos aos psicoterapeutas para curar seu vício, criado, incentivado e permitido por nós mesmos, pela nossa irresponsabilidade e omissão.
A mensagem que incutimos neles, desde crianças, e que alguns meios de comunicação se encarregam com extrema competência de confirmar, baseado no interesse de vender e ganhar dinheiro, é de que temos de relaxar com algo, temos de nos ativar com algo, temos de comemorar as vitórias com algo e esquecer com algo as derrotas, preparando o campo propício para, simplesmente, o jovem, curioso, um dia mudar o objeto do consumo e passar, então, para as chamadas drogas: a cannabis, a cocaína, o crack e outras coisas. Mas quem viciou ou permitiu que viciassem os nossos jovens? Nós viciamos os nossos filhos nas drogas lícitas e depois infernizamos a nossa vida e muitas vezes acabamos com a vida deles, quando, simplesmente, agregam um “i” e passam a consumir as drogas ilícitas. A única diferença é um “i”.
Uma criança que cresce vendo seus pais e familiares bebendo, comemorando vitórias, derrotas, aniversários e festas em geral, começa a apreender como é essa vida de adulto, o que os adultos fazem, como eles fazem, e acreditam, então, que isso é o certo. E aliado a esse exemplo que damos a eles, as estratégias de vendas da indústria de bebida, principalmente da cerveja, estimula o consumo precoce dela entre crianças e adolescentes para viciá-los. Seguindo o nosso próprio exemplo, a publicidade passa uma imagem de festa, e alegria e de diversão associada à cerveja e, esmerando-se ainda mais, atua na área da sexualidade e do sucesso afetivo e profissional. A aparência é de incentivo à cultura, apoio às festas populares, de alegria, mas a finalidade é uma só: embebedar a todos e aumentar o número de usuários da droga. Ou seja, os governos permitem e nós concordamos, e muitas vezes participamos, de uma tática perversa de nos drogar e aos nossos filhos, sob os mais simpáticos e coloridos disfarces.
Os fabricantes de bebida alcoólica, indiferentes ao mal que provocam, sem amor ou consideração pelos jovens, visando apenas o lucro, incentivam eventos em que a promoção da bebida alcoólica é muito forte, e transformam manifestações culturais em estratégia de venda. O importante não é o evento, não é a cultura, o que importante é vender e ganhar muito dinheiro. Se algum jovem saindo dali, embriagado, bater o carro e ficar aleijado ou morrer, isso não importa, o que importa para o fabricante e o pessoal do marketing é quantas caixas venderam, quanto dinheiro ganharam, isso é festejado por eles, em seus escritórios, entre risadas e comemorações, enquanto os jornais, as rádios e as televisões noticiam os acidentes, as mortes, os assassinatos, provocados pelo uso da bebida alcoólica, mas para aliviar a sua consciência, também associam-se às campanhas anti-álcool, numa demonstração de como é possível adorar a dois Senhores.
Nenhuma campanha antidroga funcionará enquanto os pais não pararem de ensinar os seus filhos a beber, parando eles mesmos de usar essa droga, enquanto algumas agências de publicidade, parceiras dos fabricantes das drogas, não pararem de colaborar com a venda delas e os meios de comunicação não se recusarem a veicular anúncios dessas drogas. É uma grande hipocrisia afirmar que a maconha é a porta de entrada para as drogas: é a bebida alcoólica e o cigarro. Elas é que abrem a porta para a maconha, a cocaína e outras. Qualquer pai ou mãe que beba, diariamente ou freqüentemente, qualquer quantidade de bebida alcoólica e fume cigarro, não possui uma autorização interna para condenar seu filho se ele também beber, fumar cigarro ou usar qualquer outra droga.
          Algumas agências de publicidade, buscando anunciantes sem nenhum critério a não ser o de ganhar muito dinheiro, ficarem famosas e disputar o prêmio de Melhor Agência do Ano, divulgam qualquer coisa, ajudam a vender qualquer coisa, cigarro, bebida, produtos supérfluos, “alimentos” artificiais, vale tudo. As propagandas de bebida alcoólica mostram modelos ou cantoras seminuas, ganhando dinheiro e vendendo sua alma, segurando garrafas geladas, com a espuma da cerveja transbordando dos copos e das canecas, numa celebração de festa, sexualidade e alegria. Alguns jogadores de futebol transmitem a mesma mensagem, de que o importante é festa, sexualidade, alegria, e eles são vencedores, ganham salários milionários, qual o jovem que não gostaria de estar em seu lugar, ser famoso, ganhar muito dinheiro, ter todas as mulheres aos seus pés, e eles conseguiram tudo isso porque bebem cerveja, são vencedores porque bebem, estão sempre sorrindo, felizes, realizados!  Vários cantores e cantoras participam desse crime, fazendo propaganda de cerveja, sempre sorrindo, adoecendo e matando os jovens, arrasando as vidas de pais e famílias, em troca de algumas moedas de ouro.
A mensagem que nossos jovens recebem desde criança em casa, nas festas familiares, na televisão que nós permitimos que eles assistam livremente, é de que, onde houver festas e pessoas, é obrigatória a presença das bebidas alcoólicas. É inviável uma festa, uma comemoração, sem álcool. Nós embebedamos nossos filhos com nosso exemplo e conivência e depois choramos quando eles viram bêbados ou drogados.
  
IOs interessados devem enviar e-mail para: maurokwitko@yahoo.com.br
Telefones do consultório - 51.3264.3046 - 9965.8935 

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Brahma, o criador; Vishnu, o preservador; e Shiva, o destruidor

Três aspectos da natureza
 
O culto a Deus em tempos pré-históricos começou pelo medo que o homem tinha diante das forças da natureza. Quando chovia excessivamente, as inundações matavam muita gente. Aterrorizado, o homem passou a acreditar que a chuva, o vento e outras forças naturais fossem deuses.
Mais tarde, os seres humanos perceberam que a natureza opera de três modos: criando, preservando e dissolvendo. A onda que se levanta no oceano exemplifica o estado de criação: pairando por um momemto na crista do mar, acha-se no estado de preservação; e, mergulhando de novo nas águas profundas, passa para o estado de dissolução. 
Assim como Jesus viu a força universal do mal personificada em Satã, também os grandes rishis viram as forças universais de criação, preservação e dissolução personificadas em formas definidas. Os sábios de outrora chamaram-nas de Brahma, o criador; Vishnu, o preservador; e  Shiva, o destruidor.
Esses poderes primevos foram criados como projeções do espírito imanifestado, a fim de dar sequência a Seu infinito drama universal, enquanto Ele, como Deus transcendente à criação, permanece sempre oculto por trás da consciência desses poderes. Em épocas de dissolução cósmica, toda criação e suas vastas forças ativadoras voltam a dissolver-se no Espírito. Ali repousam, até serem reconvocadas pelo Grande  Diretor para reiciarem seus papéis.   
 
Um caso sobre Brahma, Vishnu e Shiva
 
 Na Índia, há um conto popular sobre Brahma,Vishnu e Shiva. Estavam os três jactando-se de seus tremendos poderes. De súbito, um menino apareceu e disse a Brahma: "o que você cria?" "Tudo", respondeu Brahma majestosamente. A criança perguntou aos outros dois deuses qual a função deles. "Nós preservamos e destruimos tudo", eles responderam.
O pequeno segurava na  mão um fiapo de palha, quase do tamanho de um palito de dentes. Colocando-se diante de Brahma, ele perguntou: "Pode criar uma  hastezinha de palha igual a essa?" Após um prodigioso esforço, Brahma descobriu, para sua surpresa, que não podia.  O garoto voltou-se, então,  para Vishnu  e pediu-lhe que preservasse a palha, que lentamente começava a se desfazer sob o olhar fixo do  menino. Os esforços de Vishnu para mantê-la íntegra, foram infrutíferos. Finalmente, o pequeno desconhecido reproduziu o fiapo de palha e pediu a Shiva que o destruisse. Por mais que Shiva tentasse aniquilá-lo, porém, o fragmento de palha permaneceu intacto.
O menino voltou-se de novo  para Brahma: "Você me criou?", perguntou ele. Brahma pensou e pensou; não podia recordar-se de haver criado  aquele menino extraordinário. De repente, o garoto desapareceu. Os três deuses despertaram de sua ilusão e se lembraram de que, por trás do poder deles, havia um poder maior.
 
"A eterna busca do homem: Como perceber Deus na vida diária" Paramahansa Yogananda, pag.3-4
 

O "Difícil" Retorno a Pátria Espiritual

Temos medo de pensar em que momento precisaremos retornar ao mundo fora da matéria. Evitamos conversar sobre isso, pela possibilidade, imaginada é certo, de que com isso chamaremos a atenção da morte. E então ela nos pega a todos de surpresa. Em nosso pensamento mágico, temos a ingênua certeza de que se não falarmos dela, ela não nos encontrará.
É certo que pensamentos e emoções podem fazer com que vivamos mais ou abreviemos a vida, mas o certo é que chegará um momento em que essa forma de vida se encerrará.
É inerente à vida neste planeta que todos tomem emprestado um pouco da matéria da mãe Terra para esculpir seus corpos e que devolvam essa matéria após algum tempo. Nosso espírito animará essa matéria durante um tempo, fará com que ela passe a vibrar uma oitava acima do que vibrava antes do empréstimo e a devolverá. Dessa forma a troca está feita com ganho para os dois parceiros: ganhamos nós pelas experiências vivenciadas e ganha o planeta com essa sutilização da matéria.
Se pensamos assim é lindo! É apenas a devolução do que nos foi emprestado!
Mas porque sofremos tanto? Pela ilusão de ser a própria matéria. Nos identificamos tanto com a matéria que esquecemos o que ela é: pedacinhos do planeta que devem ser restituidos ao seu verdadeiro dono.
Quando a ligação entre o espírito e a matéria se desfaz e nos tornamos impotentes para fazer mover aquela matéria, entramos em desespero. Pois é, no momento em que deixamos o corpo nós tentamos reanimá-lo, nós deitamos em cima dele para ver se encaixamos de novo! Continuamos pensando que somos os corpos físicos que nos serviram! Então quando entendemos que não conseguiremos mais movê-lo, somos tomados pelas lembranças das coisas que deixamos de fazer  E entramos em estados de desespero, depressão, arrependimento e vários outros estados emocionais penosos, dolorosos, porque são acompanhados da certeza da impossibilidade de modificação - lembremos que estamos falando dos momentos próximos ao desencarne.
O que? eu estou dizendo que nós entramos em desespero? Como assim se nós acabamos de morrer? Pois é, nesse momento em que nos vemos fora do corpo,  continuamos sentindo, nos movendo, tentando fazer coisas, mas não damos conta de que continuamos vivos! Pois é...continuamos vivos!
E para que esse sofrimento possa ser minimizado, nós temos que começar a discutir a vida e a morte, não como se fosse um assunto mórbido, mas apenas como um término de um ciclo. Qual a vantagem de   desmorbidificar a morte? O que ganhamos com isso? Possibilidades de uma nova vida e de um desencarne mais tranquilo!
Se encararmos o fenômeno da morte de frente, como algo que pode ocorrer a qualquer momento, tendo a consciência da possibilidade dessa interrupção, poderemos viver a vida de uma forma  tal, que não existirão assuntos pendentes, posto que tudo que era possível ser realizado, assim o foi.

- Procuraremos não deixar uma desavença durar mais tempo do que o necessário: tão logo nos seja possível procuraremos a reconciliação. "Reconcilia-te com teu inimigo enquanto ele caminha a teu lado;"
- Organizaremos nossos documentos de forma a não deixar enlouquecidas as pessoas que ficaram;
- se tivermos a percepção de que os nossos descendentes possam se desentender por conta de bens que ficarão de herança, providenciemos um testamento, baseado na igualdade de direitos e não na predileção por um ou outro descendente;
- Não deixaremos para amanhã o que podemos fazer hoje (mas sem estresse!);
- Digamos eu te amo, eu te admiro, me desculpe; mas acima de tudo deixe sempre com as pessoas a certeza de seu sentimento por elas. Essa providência é necessária porque desavenças acontecem, mas os envolvidos devem saber que o verdadeiro sentimento não é abalado por esses eventos;
-  Perguntaremos sempre ao nosso coração, à nossa alma o que queremos realizar e deixaremos de perguntar ao vizinho, ao filho, ao marido ou à qualquer pessoa querida, o que ela acha ser certo para a nossa vida!
- etc...
Nessa listagem deverão constar todos os assuntos que, em sendo deixados em aberto, sem possibilidade de uma ação nossa posterior, nos causarão remorsos, arrependimentos, dor.
Muito do sofrimento e da dor, que surge após o desencarne, diz respeito ao que achamos que deveríamos ter feito e não fizemos.
É importante, ao longo da vida, procurar respeitar aquilo de que fala o provérbio árabe: saber entregar ao universo o que não podemos modificar.
Outra questão que surge é essa: Porque choramos a perda da matéria, se em espírito temos muito mais liberdade?
Saudades? Porque a saudade deve ser maior do que a felicidade de reencontrar, no mundo astral-espiritual os espíritos que deixamos em outras épocas. Quando saimos da terra deixamos algumas  poucas pessoas das quais sentiremos muitas saudades, isso é certo, mas quantos maridos, esposas, filhos e amigos já tivemos ao longo das nossas encarnações, de quem poderemos ter notícias e até mesmo rever no mundo fora da matéria!
Porque sofremos tanto pelos espíritos que atualmente são nossos maridos, esposas, filhos e amigos?
Quantos entes queridos vamos deixar de ver ao desencarnar e quantos tornaremos a encontrar?
Quando saimos do mundo espiritual, para reencarnarmos, quantos espíritos tivemos de abandonar?


Reconcilia-te com teu inimigo,
enquanto ele compartiha a trilha contigo!
Não deixe assuntos pendentes...fale tudo, resolva tudo
Agradeça, dê esporro, cobre o que é teu de direito
Devolva o que não é teu e sempre agradeça pela vida
A vida é um milagre e ninguém te cobra nada por ela
Somente que se faça o melhor possível, não o perfei
to


Agradeço seu carinho
Nice de Toledo



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Joel Goldsmith: A cura espiritual

"Por motivos vários procura o homem cura espiritual. Muitos a procuram por causa de doenças corporais, outros para solucionar problemas de ordem emocional, moral ou econômica; outros ainda por causa de uma inquietação interna que os atormenta, apesar de todos os sucessos externos que talvez tenham encontrado em sua vida. Cedo ou tarde, descobrirão eles, que nunca deixará de haver inquietação, tristeza e descontentamento enquanto não estabelecerem contato consciente com a Fonte de vida, nem mesmo em plena saúde e prosperidade.
Cura espíritual é muito  mais que uma experiência meramente física ou psíquica; cura real é o descobrimento de uma comunhão interna com algo maior, algo muitíssimo maior do que jamais possa ser encontrado no mundo; é a experiência  do nosso encontro com Deus, de uma paz espíritual, de uma tranquilidade interior, de uma luminosidade de dentro -  e tudo isto vem com a conscientização de Deus, com a consciência da presença e da força de Deus em nós. Quando repousamos nessa maravilhosa paz, o corpo toma as suas funções normais, e essas funções se realizam, daí por diante, por uma força que não parece ser dele. E é então que o nosso corpo revela saúde perfeita e plena, força, juventude e vitalidade - dons de Deus todos eles.
Cura espiritual  é o contato do espírito de Deus com o do homem; a alma, quando tocada pelo espírito divino, desperta para uma nova dimensão da vida, uma dimensão espiritual - e  'onde reine o espírito de Deus, aí há liberdade'. Isto não quer dizer que o espírito de Deus atue como medicina, como uma aplicação elétrica ou como uma operação, mas porque o espírito de Deus eleva o homem a uma nova consciência da vida; a um estado de consciência que o divino Mestre denomina 'o meu reino, que não é deste mundo'. Quando o homem atinge esse estado de consciência vive ele em uma nova dimensão da vida, além do estado tridimensional conhecido  e faz experiências totalmente desconhecidas no plano comum da vida humana. É esta a meta que a humanidade demanda, embora não saiba nitidamente qual seja essa meta e quais os métodos que a ela conduzem.
Jesus revelou-nos um clarão dessa dimensão da vida, quando disse ao paralítico: 'Queres ser curado?...Toma o teu leito e anda!' Com isso deu a entender que Deus não ia curar uma doença física, mas que a doença não possuía, na realidade, nenhuma força nem uma influência restritiva; quer dizer que nada podia impedir o homem, embora sentisse um desconforto corporal. Quando o paralítico reagiu, deu a entender que acabava de entrar em uma nova dimensão da consciência, na qual o seu impedimento corporal deixava de ter poder sobre ele."

Do livro: A Arte de Curar pelo Espírito por Joel S. Goldsmith, coleção a Obra-Prima de Cada Autor

A natureza, o homem-ego intelectual e o homem-Eu racional


Esse é um texto escrito a partir da leitura de "Setas para o Infinito" de Huberto Rohden
A cada dia temos a oportunidade de obter maior quantidade de conhecimento intelectual. Essa efusão de material pode se transformar em  evolução e libertação, ou redundar em um grande desperdício de tempo. Caso o conhecimento intelectual esteja sendo acessorado pela sabedoria de nosso Eu verdadeiro, poderá significar  uma grande mudança na nossa forma de viver, nos transformando em pessoas mais felizes e integradas a esse mundo em que vivemos. Se o nosso acessoramento for feito pelo nosso ego, haverá apenas como resultado o enaltecimento da lógica materialista de viver.
Podemos sempre descobrir novas lógicas de vida, assim como podemos inventá-las. Através da digestão e assimilação de novos elementos, podemos nos transformar e transformar a realidade à nossa volta. Devemos nos ver como andarilhos trilhando uma estrada de luz que, fatalmente, nos levará à perfeição, não importa quanto tempo leve esse caminhar: pode levar uma eternidade ou apenas um fragmento de segundo.
Acessar o Eu superior exige que se cale a mente inquieta, a mente do conhecimento intelectivo. Acessar o Eu superior significa dizer que esse nível de existência, enquanto consciência, poderá assumir o controle e a  coordenação da integração dos materiais obtidos pelos meios da intelectualidade. Não acessar o Eu superior significa que esse material será análisado e integrado apenas ao nível do ego, servindo apenas para as questões da materialidade, ou seja, não serve para acelerar o processo de evolução.
Considero Huberto Rohden alguém com uma grande capacidade de transformar nossas vidas.
Nesses trechos retirados de "Setas para o infinito"  tento trazer luz à questão do Eu superior e do ego.
Por vezes, tomei a liberdade de trocar as citações de ordem, por entender que assim a compreensão se tornaria mais fácil.

 Auto-conhecimento e  Eu Superior  segundo Huberto Rohden no livro "Setas para o Infinito"

"O auto-conhecimento leva o homem necessariamente à auto-realização; cedo ou tarde, fará ele na sua vida prática o que conhece como sendo a verdade.
O auto-conhecimento não é apenas análise intelectual, mas sim uma experiência vital da realidade central do homem, o seu Eu cósmico. O Eu humano é a própria Realidade Cósmica, cujo ponto de contato consciente é apreendido como Eu. Esse Eu central e cósmico do homem aparece, na literatura dos povos, com diversos nomes: alma, o espírito de Deus no homem, a luz do mundo, a consciência, a centelha divina, o Pai; a filosofia oriental lhe chama purusha ou atman; os povos nórdicos o denominam Self ou Selbst. Todos esses nomes designam invariavelmente a mesma realidade central do homem, o seu ponto de contato com o Todo, o Infinito, o Universal, o Absoluto, o Transcendente. O Eu é o próprio Universal apreendido em forma individual. É o transcendente que se tornou consciente no homem em forma imanente."(pag27)
 Natureza, homem-ego, homem-Eu

"A Natureza vive em uma escravidão inconsciente
O homem-ego intelectual vive em uma escravidão consciente
o homem-Eu racional vive em uma liberdade conciente"
A natureza infra-humana encontra-se em estado neutro, subconsciente; nada sabe de queda nem de redenção. Vive em completa escravidão, em um total automatismo mecânico, em um radical alo-determinismo, dominado pela lei férrea da causalidade universal. Mas, como a natureza infra-humana não sabe dessa sua escravidão, não se sente escravizada; o que é inconsciente nos é inexistente.
Com o advento do homem, pela primeira vez, ingressou a natureza na zona do consciente - e com isso o fato objetivo da escravidão passou a ser um problema subjetivo de escravidão - seguido do esforço da libertação.
E é precisamente aqui que principia o problema fundamental da nossa filosofia: o homem intelectualizado conhece o fato objetivo da sua escravidão e anseia subjetivamente por uma libertação. Se essa libertação não fôsse possível, não poderia haver, precisamente na melhor parte da humanidade, esse permanente anseio de libertação. O homem intelectual sabe que é escravo e que pode libertar-se, mas sabe também que não se libertou - e isso constitui toda a tragicidade da sua existência terrestre.
(...) A natureza infra-humana, por ignorar a sua escravidão, não sofre com o automatismo necessitante; pois, o que é inconsciente é inexistente. Onde não há nem a  luz do conhecimento nem a força do poder não há tragicidade, conflito, problemática.
A tragicidade da existência começa com o homem, e a bitola dessa tragicidade existencial é o grau de intelectualidade que o homem possua; saber-se escravo e não poder abolir a escravidão é dolorosamente trágico.
A tragicidade existencial do homem começa com a intelectualidade - e termina com a racionalidade, porque essa acrescenta à luz do conhecer  a força do poder.
(...) de longe em longe aparece sobre a face da Terra alguém que já se libertou, total ou parcialmente, e mostra aos outros, ainda não libertos, o caminho da libertação. E os não-libertos criam alma nova em face de um homem liberto.
(...) O homem intelectualizado percebe a possibilidade de se emancipar desse automatismo escravizante e entrar na zona virgem da auto-determinação - mas esse conhecimento intelectual é apenas luz; falta-lhe ainda a força de realizar o que teve a luz de conhecer. Essa força realizadora existe no homem, não na periferia do seu ego superficial, mas nas profundezas do seu Eu real.
(...) É essa a filosofia cósmica de todos os grandes mestres da humanidade - sobretudo  da Bhagavad Gita e do Evangelho - que o homem escravizado pelo seu ego ilusório deve descobrir o seu Eu libertador a fim de entrar no 'reino dos céus', que está dentro do homem. Por onde se vê que os mestres supõem que o reino da verdade e da felicidade possa e deva ser realizado agora e aqui, e não só alhures e mais tarde. Os grandes mestres não ensinam substituição nem justaposição, mas completa interpenetração orgânica de todos os elementos do homem, em perfeita harmonia. Não afirmam que o ego deva triunfar agora e aqui, e que o Eu deva entrar no céu depois da morte e em regiões longínquas - ensinam que o ego pode e deve adquirir sua plena maturidade na forma do Ego, agora e aqui
(...) Os teólogos fazem consistir esse elemento escravizante (queda) em um fator externo, alheio ao homem, e, logicamente, também tem de atribuir o elemento libertador (redenção) a um fator externo. Nós, porém, sabemos que esses dois elementos estão dentro do homem, fazem parte integrante da sua própria natureza, porquanto o homem é tanto o seu ego pecador como o seu Ego redentor.
(...) Enquanto o homem conhece apenas as periferias de seu ego físico-mental-emocional, está ele escravizado por esse conhecimento imperfeito; mas se chegar a conhecer  o seu Eu central-racional, entra ele na grande zona libertadora
(...) Para prevenir equívocos, temos que frisar que esse ego e esse Eu não são, em última análise, duas entidades dentro do homem, mas que é a mesma e única realidade humana em dois estágios evolutivos diferentes. O ego é potencialmente o Eu - e o Eu é o ego plenamente atualizado e realizado. Assim como a semente de qualquer planta é a própria planta em estado potencial, e a planta é a semente em forma atual  assim é também o homem-ego, o homem-Eu, seja em forma embrionária e imperfeita, seja em forma adulta e perfeita."

Fragmentos retirados de "SETAS PARA O INFINITO" de Huberto Rohden, coleção A OBRA PRIMA DE CADA AUTOR  paginas 26 a 30)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Kyol Che: Liberdade de Si Mesmo

No ano de 2010 participei durante quinze dias do retiro de meditação Kyol Che, com Sanvara Bodewig.
Oportunidade ímpar de nos tornarmos cientes dos extenuantes duelos de idéias que ocorrem em nossa mente e que nos impedem de fazer contato com o nosso verdadeiro ser.
Aprendendo a não se deixar enredar por essas armadilhas da mente, por essas discussões que ocorrem ininterruptamente em "nossa cabeça", transformamos  a mente em mais um instrumento para o nosso crescimento. A mente não é uma inimiga, ela apenas é algo que se desenvolveu em nós e que tem a ilusão de poder controlar tudo, de estar à frente de tudo. Talvez a mente seja aquilo que gera o que chamam de maya.
Talvez maya seja o conjunto de pensamentos lógicos que desenvolvemos, através da mente, para explicar o mundo, excluindo o mistério a que chamamos Deus. Pensamentos lógicos que tentam reduzir o mundo aos conteúdos compreensíveis para o humano, excluindo o inexplicável, o invisível, o que é apenas pode ser compreendido pela sensibilidade. A mente é o que constrói essas ilusões de poder controlar a vida.
A mente briga e tenta destruir tudo que se baseia em percepções  extrasensoriais, o que significa que qualquer dado obtido através de nossa sensibilidade e intuição é destituido de valor real pela mente.
Nós temos um sistema perceptivo através do qual sentimos o que não é visível, audível, cheiravel, tateável e tampouco pode ser provado. Mas nós sabemos que é real.
Por muitos séculos os poderes religiosos se apropriaram da expressão da espiritualidade com o intuito de dominação dos outros homens. Esses amantes do poder transformaram Deus em um déspota, que mantinha o controle dos homens através da culpa, da ameaça de um inferno para quem não obedecesse aos seus representantes na terra. Os homens que ficaram tanto tempo à mercê desse deus injusto, que só protegia os poderosos, ao se ver livre desses senhores do poder na terra, também rechaçaram esse deus e tudo que se relacionasse a espiritualidade.
 Por alguns séculos talvez tenha sido necessário, no ocidente, que fosse deixado de lado esse invisível, e que fosse trazido à cena o  palpável, e que fossem desenvolvidas formas de estudar esse mundo material, como uma forma de não se deixar enganar novamente.
Surgiu a ciência como um campo de conhecimento capaz de encontrar as leis que regem esse mundo material. Essa ciência não tinha como mensurar o que não era material e resolveu desvalorizar as coisas sabidas apenas pela sensibilidade, ou seja, Deus, os fenômenos mediúnicos ou da sensibilidade e as nossas intuições. Tudo que não era material passou a não ser verdadeiro ou digno de ser pesquisado.
Como consequencia da exclusão do fenômeno imaterial da esfera do real, as manifestações referentes ao mundo espiritual passaram a ser manifestações de desequilíbrio.
Nesse momento podemos retornar ao instante em que eu falava da mente trabalhando na lógica materialista: ela simplesmente tenta aplicar as leis materialistas e mecanicistas as experiências da esfera espiritual. Não conseguindo enquadrar o fenômeno espiritual no que conhece, a mente tenta neutralizar esse invisível que age sobre ela. Ela tenta nos convencer de que tudo é da ordem da imaginação. Mas algo em nós sabe que existem coisas imateriais, forças que atuam sobre nós e não podem ser medidas. É o nosso espírito que vai questionar o materialismo da mente. Dessa forma se inicia dentro de nós uma grande discussão mental e a gente pensa que enlouqueceu. Além da discussão na mente, dos prós e dos contras e da voz de nossos espíritos, as vozes de outros espíritos se somam a esse processo, acelerando a nossa aceitação de que o material é apenas uma das faces de nossa existência.
Mas isso tudo é normal! Nós fomos presenteados com uma mente capaz de planejar, prever, organizar, e dona de um poder de análise capaz de impedir que caiamos em crendices sem fundamento.
Nesse momento, o oriente se volta para o ocidente, ou melhor, dentro do planejamento Divino surgem alguns iluminados do oriente que vem para o ocidente para ensinar a arte da meditação, através da qual aprendemos a disciplinar a mente inquieta. Dentre eles podemos citar Vivekananda e Yogananda, dois indianos que vieram em missão ao ocidente ensinar as coisas do espírito para nós, que estávamos mergulhados num materialismo absoluto. Mais atualmente podemos citar Sai Baba e Osho. Mas existem muitos outros.
Kyol Che é um retiro de meditação adaptado às características do ocidental, criada por Osho e Sanvara Bodewig.
A respeito do trabalho desenvolvido por Osho, podemos ler no livro "Alegria, a felicidade que vem de dentro":

  "Como um fio de ligação percorrendo todos os aspectos do trabalho de Osho, há uma visão que engloba tanto a sabedoria perene do Oriente como o potencial mais elevado da ciência e da tecnologia ocidentais.
Osho também é conhecido pela sua revolucionária contribuição à ciência da transformação interior, com uma abordagem de meditação que leva em consideração o ritmo acelerado da vida contemporânea. Suas singulares meditações ativas são estruturadas de modo a primeiro aliviar as tensões acumuladas no corpo e na mente, para que então fique mais fácil experimentar o estado de meditação relaxado e livre de pensamentos"

Desenvolvida a mente analítica, organizadora, planejadora e muito mais, temos que fazer com que ela se aquiete para que possamos sentir as coisas do espírito, para que possamos viver nossa espiritualidade nesse lindo planeta Terra.  

Ao término de nossa participação no retiro espiritual Kyol Che, nos foi pedido que dessemos um depoimento sobre a experiência. O que escrevi vou reproduzir aqui, em parte, mas os depoimentos de todos que participaram podem ser lido no site de Sanvara, do Kyol Che, do ano de 2010.

"...nenhum pensamento gerado pela nossa mente limitada é capaz de dar conta de qualquer  realidade. A mente que procura justificativas para todos os acontecimentos da vida, vai trabalhar com o material que ela pode entender e processar, o que, na realidade, é muito pouco frente ao que podemos chamar de mistérios desse universo. Esses "Mistérios" só podem ser alcançados através da vivência do silêncio, em que nos permitimos ser invadidos pela totalidade; um único instante em que somos preenchidos por essa força, que eu chamo de Deus, mas que pode ser chamada por qualquer nome, o instante em que nos deixamos permear por essa Consciência, que é tudo que existiu, existe e existirá, tem o poder de modificar as nossas vidas e ao mesmo tempo todas as vidas do mundo. Obrigada"

E posso acrescentar ainda, nesse instante, que não se trata de se deixar permear por essa Consciência, mas sentir que nós somos parte Dela e assim como nós, tudo o que é conhecido, desconhecido, amado ou odiado, faz parte dessa Consciência.


Obrigada pelo seu carinho

EU SOU NICE






http://samvara.info/por_kyol.htm