sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O abraço de Amma: Mata Amritanandamayi


Existem experiências em nossas vidas, que nos ensinam, em apenas um instante, o que levaríamos muito tempo para entender em teoria; talvez até nem possamos entender fora da experiência. Esse aprendizado nunca é esquecido.
Certo dia eu fui a um hotel em São Conrado para abraçar Amma. Tinha visto uma entrevista com a atriz Patrícia Travassos sobre esse abraço. Cheguei ao evento cheia de expectativa. Esperei numa fila enorme em que fomos divididos em fileiras e a cada momento entrava uma delas. Esperamos, muito tempo eu e meu marido, até que chegou o momento do abraço. Fomos abraçados juntos e ela falou muitas coisas que eu não entendi.
Chegou e foi tão rápido que não deu nem o gostinho.
Que decepção!
Tanto tempo esperando e...na verdade eu não senti nada...
Fomos para casa apenas com o sentimento medíocre de que pelo menos tínhamos ido ver a tão famosa Amma. Pelo menos já sabíamos que não valia a pena encarar tão grande fila para abraçá-la. Era tudo lenda de devotos.
Dia seguinte: Acordei e na hora do café da manhã, estava eu lá com meu marido. Foi aí que percebi que algo havia acontecido: nós não estávamos discutindo e estávamos conseguindo conversar, coisa que estava sendo difícil há alguns dias. Algo havia de diferente no meu modo de me expressar. Não sentia impaciência na minha fala. Surgiu um sentimento bom  de estranheza e desconhecimento de mim.
A explicação para tudo que aconteceu é bastante simples e ao mesmo tempo é uma chave para que possamos processar mudanças importantes em nossas vidas.
No instante do abraço eu tinha uma expectativa tão grande de que eu sentiria algo tão marcante, que não percebi a mudança. Perdi meu tempo a falar sobre a decepção do encontro ao invés de silenciar para que a energia que havia recebido pudesse atuar em mim. Como uma boa ocidental deixei minha mente analisar criticamente toda aquela experiência. Independentemente da minha postura, que deve ter atrapalhado muito o processo, a energia foi tão intensa que conseguiu romper a barreira imposta por mim mesma. Imagina se eu tivesse ajudado a espiritualidade, o que não poderia ter sido mobilizado de amor dentro de mim? Se soubéssemos o quanto impedimos que a espiritualidade nos auxilie! Ficaríamos chocados ao descobrir que poderíamos ter recebido tanto e teríamos sido mais felizes, mais plenos, e que poderíamos ter aberto os canais para receber tudo que mais desejamos em nossas vidas.

Agradeço seu carinho
Nice de Toledo Gomes


http://www.ammabrasil.org/

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