sexta-feira, 17 de agosto de 2012

De volta ao Kyol Che

Como já escrevi em texto anterior, participei do Retiro de Meditação Kyol Che em 2010. Neste ano de 2012 tive a oportuidade de partiipar novamente desse Retiro.
Uma da grandes propostas desse trabalho é dar um tempo para si mesmo, se desligando do cotidiano, que nos envolve de uma forma tal, que passamos a não prestar atenção ao que acontece conosco.

É essencial, nessa época em que milhões de informações alimentam nossa mente, que paremos e escutemos nosso Espírito, nossa Presença Eu Sou, nosso Eu Superior ou nossa Consciência Divina, demos o nome que quisermos dar, a essa nossa parcela  que sabe que é a Divindade.

Nesse Retiro somos levados a observar tudo que se passa na "nossa" mente. Permanecendo espectadores, o que vemos é um movimento constante de pensamentos que nos lembram situações do passado, projetam possíveis futuros, que nos condenam, censurando atitudes que tomamos, ou nos atribuindo valores, positivos ou negativos, que quase sempre não são baseados na realidade, nos acusando ou elogiando, utilizando dados criados por uma imaginação desenfreada, que tenta compensar nossos fracassos, com imagens de supervalorização. Podemos nos ver lutando com alguém ou tendo uma conversa animada com outra pessoa, ou nos justificando por atos não muito louváveis. O número de situações que mente pode nos mostrar é infinito e quase tudo que ela nos mostra não tem um fundamento real, são hipóteses, suposições, expressão de desejos os mais variados.

Observando esse movimento frenético e enlouquecido de nossa mente podemos nos tornar cientes de que muitas das nossas ações no mundo não são ações, mas são reações baseadas nas hipóteses dessa "nossa" mente, que não se preocupa com a veracidade, ou mesmo existência, das situações ou dos fatos que levaram àquela nossa ação no mundo (reação).

No momento em que percebemos como somos manipulados por verdadeiras novelas escritas por "nossa" mente, podemos escolher entre dois caminhos: podemos considerar que não somos manipulados e que tudo isso é uma grande besteira de gente que não tem  o que fazer e vê chifre em cabeça de burro, ou tomamos uma atitude para que possamos assumir a nossa vida, para que passemos a agir de acordo com e o nosso Ser verdadeiro, saindo da ilusão das invenções da mente.

Muitos Mestres nos alertam que a mente pode ser um maravilhoso instrumento de crescimento, quando a serviço do Verdadeiro Ser, mas quando ela se torna a tomadora de decisões na nossa vida, estamos "fritos" (minha expressão e não dos mestres!), Ao escolhermos a mente como nossa guia , provavelmente nosso caminho será coberto de problemas, de entraves, de mal-entendidos e de sofrimentos.
Porém, esolhermos o caminho que nos aponta nosso Espírito, não quer dizer que vamos evitar que acontecimentos dolorosos ocorram, porque isso é impossível nessa Terra em que vivemos. Poderemos sim, reduzir o sofrimento ao mínimo indispensável, como no caso de perdas de entes queridos, que retornam ao mundo dos Espíritos, ou ainda despedidas de pessoas que vão para lugares distantes ou de doenças que possam ocorrer. Porém, mesmo nesses casos  o sofrimento fica diminuído, quando não nos permitimos sofrer mais do que o necessário: o simples fato de que  não ficaremos imaginando que  "se tivéssemos feito diferente, o desfecho poderia ter sido outro" reduz muito a dor. Viveríamos a realidade do que É e não supostas outras realidades que a mente teima em nos mostrar como possíveis.

A observação dos pensamentos, possível apenas nos momentos em que nos damos um tempo, nos coloca a par da realidade em que vivemos, a da imaginação da mente.

Nesse Retiro de meditação, especificamente, somos orientados por Samvara Bodewig, que nos ensina métodos para que essa mente possa sair do controle de nossas vidas. Ela pode ser educada a ficar mais calma, quando lhe retiramos energia. Ela pode passar a ser a grande colaboradora do nosso Espírito, nas vivências na matéria, auxiliando o planejamento e concretização de ações decididas pelo Espírito e não por ela, mente.

Nesse segundo Retiro, consegui melhor do que no primeiro perceber esse jogo da mente e atualmente estou  um pouco mais no meu Espírito, mas devo dizer que não devo isso somente ao Retiro de Meditação, mas às aulas e vivências de Gasparetto,  ao desenvolvimento da sensibilidade que também é conhecida como mediunidade, às regressões que fiz, aos florais que tomei, ao trabalho de Psicoterapia que realizo, ao que aprendo nos livros de Osho, Huberto Rohden, Joel Goldsmith,  Pietro Ubaldi, no Evangelho, em tantos livros espiritualistas e em tantas outras fontes que abundam no mundo.
O Kyol Che é, para mim, a parada necessária para que tudo que entrou em contato comigo possa ser digerido e integrado ou descartado.

Agradeço as Graças recebidas do Universo.
Que eu possa me abrir cada vez mais para que as bençãos, que estão destinadas a mim, possam encontrar seu alvo.

Que Deus, seja lá que nome tenha, nos abençoe sempre.